MSF denuncia morte de segundo funcionário em ataque israelita

A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou hoje a morte de um funcionário, num ataque aéreo israelita à cidade de Deir al-Balah, no centro de Gaza.

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Lusa
04/04/2025 14:20 ‧ 04/04/2025 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O trabalhador, identificado pela MSF como Hussam al-Loulou, era um segurança de 58 anos do departamento de emergência do grupo, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

 

Este é o 11.º funcionário da organização não-governamental (ONG) a ser morto desde o início da ofensiva israelita contra o enclave palestiniano, em outubro de 2023.

A mulher de Al-Loulou e a filha, de 28 anos, também foram mortas, disse a MSF, referindo que o ataque aconteceu na terça-feira, 01 de abril.

"Hussam era conhecido pela generosidade e humildade, e pelo amor e cuidado que demonstrava a todos os que o rodeavam. Deixa dois filhos", disse a MSF, em comunicado.

Mais de 1.200 palestinianos morreram desde que Israel retomou os ataques a Gaza, a meio de março, quebrando o cessar-fogo em vigor desde janeiro, de acordo com uma contagem das autoridades de saúde de Gaza.

Hussam é o segundo trabalhador da MSF morto em apenas duas semanas, referiu a ONG.

Entretanto, as tropas israelitas avançaram nas últimas horas sobre a Cidade de Gaza e entraram no bairro de Shujaiya, num esforço para expandir a "zona de segurança" que separa o enclave de Israel, anunciou o exército.

Israel afirmou que matou "cerca de 250 terroristas" na última ofensiva contra o enclave.

A comissária europeia da Preparação para Crises e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, defendeu que "o sofrimento do povo de Gaza tem de acabar", apelando para um novo cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A responsável europeia indicou que mais de 140.000 pessoas estão a ser deslocadas à força e, desde a rutura do cessar-fogo e o reinício dos bombardeamentos israelitas, mais de 300 crianças foram mortas.

Em 18 de março, Israel quebrou dois meses de tréguas com o Hamas na Faixa de Gaza, retomando os bombardeamentos aéreos e a ofensiva terrestre para forçar o movimento islamita palestiniano a libertar os últimos reféns israelitas que mantém.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, cujos números são considerados credíveis pela ONU, já morreram 1.163 pessoas no enclave desde o fim da trégua.

No total, segundo a mesma fonte, 50.523 pessoas, a maioria civis, foram mortas desde o início da guerra desencadeada pelo ataque do Hamas, no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.

Leia Também: Bruxelas alarmada com relatos do terreno pede fim do sofrimento em Gaza

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