Trump justificou a sua decisão com a pequena maioria que os republicanos detêm na Câmara dos Representantes, que poderia ser colocada em risco com a saída de Stefanik do Congresso.
"À medida que avançamos na nossa agenda 'América em Primeiro Lugar' é essencial que mantenhamos todas as cadeiras republicanas no Congresso", escreveu Trump na rede Truth Social.
"Precisamos de estar unidos para cumprir a nossa missão e Elise Stefanik tem sido uma parte vital dos nossos esforços desde o início", acrescentou.
A confirmação da congressista Nova Iorque para o cargo na ONU teria levado à sua renúncia da câmara baixa do Congresso e à realização de uma eleição suplementar.
Trump preferiu assim evitar o risco de minar a margem de manobra do seu partido.
Stefanik é uma legisladora muito próxima de Trump e atuou como o 'número três' do Partido Republicano na Câmara dos Representantes no mandato anterior.
Congressista desde 2015 e inicialmente moderada, Stefanik converteu-se ideologicamente ao 'trumpismo' e ganhou notoriedade na última sessão legislativa pelos seus ataques a presidentes de universidades por causa de protestos pró-Palestina.
A sua nomeação como embaixadora na ONU foi uma das primeiras anunciadas por Trump após vencer as presidenciais, mas, depois de mais de dois meses no poder, a congressista ainda não foi confirmada devido aos esforços dos republicanos para manter a maioria.
Os republicanos detêm uma estreita maioria de 218 assentos contra 213 dos democratas na Câmara dos Representantes, o que lhes deixa praticamente sem margem para erro na aprovação da agenda legislativa de Trump.
O presidente do Comité de Relações Exteriores do Senado, Jim Risch, confirmou a informação aos jornalistas: "Fui informado há poucos minutos" pela Casa Branca sobre a decisão de Trump, disse, citado pela imprensa norte-americana.
Devido ao impasse, os Estados Unidos têm sido representados no Conselho de Segurança por Dorothy Shea como embaixadora interina.
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