Taiwan diz que fornecimento de alimentos está planeado para uma invasão

Taiwan tem atualmente 143 estações de distribuição de alimentos e cadeias de abastecimento que estão "totalmente planeadas" para o caso de uma invasão chinesa, disse hoje o ministro da Agricultura taiwanês, Chen Junne-jih, numa sessão legislativa.

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© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
27/03/2025 06:14 ‧ há 4 semanas por Lusa

Mundo

Pequim

De acordo com a agência noticiosa CNA, Chen Junne-jih afirmou que a ilha dispõe de "cinco meses e meio de reservas públicas de cereais", que poderão aumentar para "cerca de oito ou nove meses se a colheita [deste ano] for boa".

 

Segundo Chen, as reservas públicas "duram normalmente entre oito e doze meses", mas Taiwan dispõe também de reservas privadas de cereais, pelo que as necessidades alimentares da ilha podem ser cobertas durante um ano.

O ministro respondeu assim às preocupações levantadas por Weng Hsiao-ling, um deputado do principal partido da oposição Kuomintang (KMT), que citou um relatório do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) sobre a forma como a China poderia bloquear Taiwan.

O documento, publicado em agosto do ano passado, argumentou que um bloqueio chinês pode impedir totalmente a entrada de navios em Taiwan, que importa cerca de 70% dos seus alimentos e 97% da sua energia.

Durante os últimos exercícios militares de grande escala em torno de Taiwan, em outubro de 2024, os militares chineses simularam um bloqueio e a tomada de controlo de portos e áreas importantes da ilha.

Posteriormente, o ministro da Defesa de Taiwan, Wellington Koo, sublinhou que o bloqueio poderia ser considerado um "ato de guerra", de acordo com a definição da ONU, uma vez que, para tal, os militares chineses teriam de proibir completamente a entrada de navios e aviões em Taiwan.

Taiwan é governada autonomamente desde 1949 sob o nome de República da China e possui as suas próprias Forças Armadas e um sistema político, económico e social diferente do da República Popular da China, destacando-se como uma das democracias mais avançadas da Ásia.

Mas Pequim considera a ilha uma "parte inalienável" do seu território e, nos últimos anos, intensificou a sua campanha de pressão, a fim de conseguir a "reunificação nacional", que é um objetivo fundamental do Presidente chinês, Xi Jinping.

Leia Também: China condena a três anos de prisão chefe de redação sediado em Taiwan

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