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Rússia reafirma empenho no tratado militar com a Coreia do Norte

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia garantiu hoje ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, que Moscovo continua leal ao tratado de parceria estratégica assinado pelos seus países, que inclui uma cláusula de assistência mútua em caso de agressão.

Rússia reafirma empenho no tratado militar com a Coreia do Norte

© Russian Defense Ministry / Handout/Anadolu via Getty Images

Lusa
21/03/2025 12:39 ‧ há 6 meses por Lusa

"A parte russa confirma a sua vontade incondicional para cumprir as disposições do acordo. Estamos convencidos de que a assinatura deste acordo abrangente é do interesse de ambos os países", declarou Sergei Shoigu, citado pela agência de notícias Tass.

 

Shoigu, que foi recebido por Kim em Pyongyang, recordou que o tratado foi assinado em junho do ano passado, durante uma cimeira na capital norte-coreana.

"Gostaria de vos transmitir as saudações e os melhores desejos do Presidente russo, Vladimir Putin. Ele dá grande importância à implementação dos acordos alcançados", afirmou o secretário do Conselho de Segurança russo durante a reunião.

Shoigu informou ainda Kim sobre o progresso das negociações bilaterais com os Estados Unidos e "tudo o que está a acontecer na Ucrânia".

"As conversações foram bastante longas. Mais de duas horas", afirmou Shoigu, referindo que durante a reunião discutiu os resultados das decisões tomadas durante as visitas oficiais de Putin e Kim, respetivamente.

"Muitas outras questões relacionadas de uma forma ou de outra com a segurança em diferentes regiões do mundo, e em particular na península coreana", foram também abordadas.

Os dois países ratificaram o tratado de associação em novembro de 2024, embora antes disso tenha sido noticiado o envio de milhares de tropas norte-coreanas para a região russa de Kursk, parcialmente ocupada pelo exército ucraniano.

O documento, que levantou preocupações na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, pretende, segundo Putin, "garantir a segurança e a estabilidade na península coreana e na região do nordeste da Ásia como um todo".

Em relação ao artigo 4º sobre a assistência militar mútua em caso de agressão, Putin afirmou que a forma e o momento em que será aplicado é um assunto que diz respeito somente aos dois países.

Além disso, Seul e os serviços de informação ocidentais têm vindo a relatar desde o início da guerra na Ucrânia que Pyongyang forneceu a Moscovo munições, mísseis e outras armas.

Em 2024, Putin mencionou a possibilidade de os dois países conduzirem exercícios militares conjuntos, enquanto Kim enviou uma carta ao líder do Kremlin no final do ano passado prometendo reforçar a cooperação militar bilateral.

Em meados de março, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Andrei Rudenko, visitou também Pyongyang, onde discutiu com a sua colega norte-coreana, Choe Son-hui, a possibilidade de realizar reuniões políticas "ao mais alto nível".

A Coreia do Sul não descartou a possibilidade de Kim realizar uma viagem à Rússia num futuro próximo, disse o conselheiro de segurança nacional, Shin Won-sik, à Yonhap News Television.

Esta viagem pode coincidir com o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, uma vez que a Rússia comemora o 80º aniversário em 09 de maio, uma celebração para a qual convidou vários líderes mundiais.

Leia Também: Líder da segurança da Rússia em Pyongyang para encontro com Kim Jong-un

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