Numa reunião com os movimentos sociais, Héctor Daer, um dos secretários gerais da CGT, anunciou que a direção da confederação dos trabalhadores se reunirá a 20 de março para decidir se vai realizar uma greve de 24 horas.
"O que acordámos por consenso foi a realização de uma greve de 24 horas antes de 10 de abril", disse Daer, que convidou os movimentos sociais a participarem.
A proposta foi lançada no meio do repúdio dos setores sindicais e sociais à repressão policial desencadeada na quarta-feira contra uma manifestação em Buenos Aires em apoio aos reformados que protestam todas as quartas-feiras em frente à sede do Parlamento por causa das magras pensões que recebem.
Daer não só questionou o governo por reprimir o protesto, mas também por "pisar nos salários" para que não cresçam acima da inflação, por "destruir" a indústria argentina, por provocar despedimentos e por procurar contrair mais dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O dirigente sindical lançou a proposta de greve geral no final de uma sessão plenária da União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP), um dos principais movimentos sociais da Argentina.
Leia Também: Polícia argentina ataca manifestantes em marcha convocada por reformados