O adolescente Hassan Sentamu, de 18 anos, foi condenado, esta quinta-feira, a uma pena mínima de 23 anos de prisão por ter assassinado, em setembro de 2023, Elianne Andam, uma estudante de 15 anos, em Londres, no Reino Unido.
O rapaz, na altura com 17 anos, matou a britânica com várias facadas, à porta de um centro comercial em Croydon, no sul de Londres, usando uma faca de 30 centímetros de comprimento, na sequência de uma discussão por causa de um urso de peluche.
Depois de anunciar a pena, a juíza Cheema-Grubb, citada pela BBC, afirmou que "a dor da perda para os pais e o irmão mais novo é indescritível".
"Ela continuará sempre a ter apenas 15 anos. Nunca alcançará o potencial da sua vida", afirmou Cheema-Grubb.
As autoridades confirmaram que o homicida tinha um historial de ataques a raparigas e de transportar facas.
Hassan Sentamu admitiu ter assassinado a estudante em março do ano passado, mas só foi considerado culpado do homicídio depois de o tribunal ter rejeitado a alegação da defesa do jovem de que a capacidade de autocontrolo tinha sido afetada pelo autismo.
Jovem de 17 anos admite ter assassinado estudante de 15 em Londres
O réu, que não pode ser identificado devido à sua idade, declarou-se inocente.
Notícias ao Minuto | 12:51 - 14/03/2024O tribunal considerou que as ações foram desencadeadas pelo "temperamento difícil e as suas tendências agressivas", que se juntaram à "decisão deliberada de transportar uma faca".
Noutras sessões do julgamento, que começou no final do mês de novembro de 2024, a família de Elianne descreveu o "pesadelo" que estava a viver.
“A Elianne era o meu mundo, era a filha mais amável e carinhosa que eu podia ter pedido. Era vibrante, criativa e determinada. Ela amava profundamente, gostava de cantar, de fazer tranças no cabelo, sempre com um novo estilo. A nossa casa estava cheia da sua música, risos e energia. Havia sempre calor e alegria quando a Elianne estava presente. Agora a música parou, o riso foi-se embora. Tudo o que resta é um silêncio ensurdecedor que ecoa pela minha vida", desabafou a mãe, Dorcas Andam.
Dirigindo-se diretamente ao adolescente condenado, a mãe acusou-o de ter assassinado Elianne Andam "brutalmente, da forma mais humilhante, em plena luz do dia".
"Matou-a sem piedade, no chão, enquanto ela implorava por misericórdia. Afastou-se sem mostrar remorsos, como se a vida dela não significasse nada. Não só matou a Elianne, como me matou mental e emocionalmente. As suas ações foram insensatas e maléficas", acrescentou a mãe da estudante.
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