O reino "condena os crimes cometidos por grupos fora da lei na República Árabe da Síria e os ataques contra as forças de segurança", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita num comunicado citado pela agência francesa AFP.
As autoridades de Riade reafirmaram no comunicado o apoio aos esforços do governo sírio "para manter a segurança e a estabilidade e preservar a paz civil".
A reação saudita surgiu pouco depois de o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) ter anunciado dezenas de mortos e feridos em confrontos entre as forças de segurança e grupos leais a Assad.
Em 24 horas, os confrontos causaram 71 mortos, dos quais "35 membros das forças de segurança e do Ministério da Defesa mortos pelas forças leais a Assad", declarou o OSDH.
As forças de segurança mataram "32 combatentes armados e quatro civis", referiu.
A organização com sede em Londres mas com uma vasta rede de informadores a Síria, registou ainda dezenas de feridos e prisioneiros de ambos os lados.
O restabelecimento da segurança é o desafio mais urgente que se coloca às novas autoridades sírias, no poder desde que uma coligação de grupos rebeldes radicais derrubou Assad em 08 de dezembro, após 13 anos de guerra civil.
Nos últimos dias, registaram-se combates na região de Latakia, um reduto da minoria alauita do presidente deposto, no noroeste do país.
Em Jablé, uma cidade situada a cerca de 10 quilómetros de Latakia, um habitante local informou que estavam a decorrer "batalhas urbanas".
As autoridades de Damasco anunciaram hoje o envio de reforços e o lançamento de grandes operações de combate no oeste da Síria.
"Começaram operações de grande envergadura em cidades, aldeias, localidades e montanhas circundantes" nas províncias de Latakia e Tartus, na sequência da chegada de reforços militares, noticiou a agência oficial Sana, citando uma fonte das forças de segurança.
A fonte disse que a operação tinha como alvo membros das "milícias de Assad e aqueles que as apoiaram e ajudaram", e apelou aos civis para "ficarem em casa".
O Ministério da Defesa confirmou o envio de reforços para as cidades de Latakia e Tartus, mais a sul, "para restaurar a segurança".
O chefe da segurança de Latakia, Moustafa Kneifati, declarou que um "grande número de patrulhas" e de posições governamentais na região de Jablé tinham sido alvo de "um ataque bem planeado e premeditado".
As autoridades impuseram um recolher obrigatório na quinta-feira em Latakia, Tartus e na província de Homs, no centro do país.
Leia Também: Síria: 70 mortos em combates entre forças sírias e grupos leais a Assad