O diretor do MET de Nova Iorque, Max Hollein, devolveu à ministra da Cultura grega, Lina Mendoni, "uma cabeça de grifo em bronze datada de 650-625 a.C. que ocupava um lugar importante no departamento de antiguidades gregas e romanas" do famoso museu norte-americano, segundo um comunicado do ministério.
O objeto de 25,8 centímetros, que fazia originalmente parte da decoração de um caldeirão utilizado para fazer ofertas aos deuses, "é um exemplo excecional da antiga metalurgia grega", afirmou a ministra na mesma nota.
O objeto foi furtado em 1936 do museu local de Olímpia Antiga, reconhecida como o local de nascimento dos Jogos Olímpicos da Antiguidade.
A relíquia foi posteriormente vendida por um antiquário grego ao seu colega norte-americano, Joseph Brummer, antes de ser comprada pelo investidor e antigo vice-presidente do museu, Walter C. Baker, que a doou, juntamente com outros objetos da sua coleção, ao MET em 1971, informou o ministério grego.
"Trata-se do repatriamento de um dos objetos mais emblemáticos da nossa coleção", afirmou Max Hollein.
Referindo-se a uma investigação levada a cabo pelo MET, a ministra da Cultura grega confirmou que o objeto "não saiu legalmente do seu país de origem, a Grécia".
Lina Mendoni sublinhou que a Grécia "é um dos países cujos tesouros culturais foram roubados e são objeto de tráfico ilegal".
"Todas as antiguidades retiradas ilegalmente de qualquer país devem ser devolvidas ao seu local de origem", reiterou Mendoni.
Em 2022, a Grécia assinou um acordo com o MET para o repatriamento gradual, ao longo dos próximos 25 anos, de 161 relíquias da Idade do Bronze, que anteriormente pertenciam à coleção do multimilionário e filantropo norte-americano, Leonard Stern.
A Grécia trabalha há décadas para repatriar antiguidades furtadas, sobretudo a restituição dos mármores do Pártenon, na posse do Museu Britânico desde o século XIX.
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