"Parece-me que não há razão para falar em renúncia" do Papa Francisco

O cardeal italiano Angelo Bagnasco, ex-chefe da Conferência Episcopal Italiana (CEI), defendeu hoje que os atuais problemas de saúde do Papa Francisco não justificam conversas sobre uma eventual renúncia como chefe da Igreja Católica.

Papa Francisco, queixo roxo

© Franco Origlia/Getty Images

Lusa
25/02/2025 11:48 ‧ 25/02/2025 por Lusa

Mundo

Angelo Bagnasco

"Parece-me que não há razão para falar em renúncia. Se o mundo parou para rezar [por Francisco], é uma grande coisa: uma corrente de oração se elevou ao Senhor justamente pelo Santo Padre Francisco neste momento tão delicado", disse Bagnasco à rádio RTL.

 

"Segundo os boletins médicos, o estado de saúde do Papa está a melhorar ligeiramente e continuamos a orar para que melhore cada vez mais, até à sua recuperação completa para regressar ao seu ministério", acrescentou.

Entretanto, de acordo com a Santa Sé, Francisco estava hoje suficientemente bem para se reunir no Hospital Gemelli, em Roma, com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e respetivo adjunto para aprovar novos decretos de candidatos a possíveis santos.

Os decretos, publicados hoje no boletim do meio-dia da Santa Sé, sinalizam que a máquina do Vaticano está a funcionar mesmo com Francisco hospitalizado e em estado crítico.

Paralelamente, Francisco continuou hoje o tratamento contra a pneumonia, enquanto o Vaticano iniciou uma maratona noturna de orações a partir da "sua casa" e os aliados o aplaudiam à distância, na esperança de uma recuperação.

"O Papa dormiu bem, toda a noite", refere o boletim de atualização matinal do Vaticano, tipicamente breve.

Na segunda-feira à noite, os médicos disseram que Francisco continua em estado crítico com pneumonia dupla, mas relataram uma "ligeira melhora" em alguns resultados laboratoriais. 

No boletim mais otimista dos últimos dias, o Vaticano disse que Francisco tinha retomado o trabalho a partir do seu quarto de hospital, telefonando para uma paróquia na cidade de Gaza com a qual tem mantido contacto desde o início da guerra.

Ao cair da noite, milhares de fiéis reuniram-se na Praça de S. Pedro, encharcada pela chuva, para o primeiro ritual noturno de recitação do Rosário. 

A oração evocou as vigílias de 2005, quando São João Paulo II estava a morrer no Palácio Apostólico, mas muitos dos presentes disseram que estavam a rezar pela recuperação de Francisco.

"Viemos rezar pelo Papa, para que recupere rapidamente, pela grande missão que está a partilhar com a sua mensagem de paz", disse Hatzumi Villanueva, do Peru, que elogiou a empatia de Francisco pelos migrantes.

No domingo, o Vaticano disse que o Papa continuava em estado crítico e que alguns exames de sangue indicavam uma insuficiência renal leve, mas sob controlo.

O Papa, de 88 anos, foi hospitalizado em 14 de fevereiro, na sequência de uma pneumonia nos dois pulmões e teve uma crise respiratória na sexta-feira, que agravou o seu estado de saúde.

Leia Também: Argentinos acreditam na recuperação do Papa mas também se preparam para o pior

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