Libertado ex-primeiro-ministro das Maurícias suspeito de branqueamento

O antigo primeiro-ministro das Maurícias Pravind Jugnauth foi hoje libertado sob fiança, um dia após ter sido detido no âmbito de uma investigação por branqueamento de capitais.

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Lusa
16/02/2025 23:47 ‧ há 4 semanas por Lusa

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No sábado, a polícia deteve o antigo chefe de governo de 63 anos, que esteve no poder entre 2017 e 2024, assim como a sua mulher Kobita Jugnauth, disseram fontes policiais à agência de notícias francesa France-Presse (AFP), acrescentando que ambos foram interrogados durante várias horas.

 

A mulher foi libertada, enquanto Pravind Jugnauth ficou em prisão preventiva.

Já perante o juiz do tribunal de Port Louis, o ex-governante negou todas as acusações, tendo sido libertado sob fiança de 1,5 milhões de rupias, que equivale a cerca de 30 mil euros, segundo a decisão judicial a que a AFP teve acesso.

No sábado, a comissão de crimes financeiros da ilha do Oceano Índico, considerada uma das democracias mais estáveis e ricas de África, pediu à polícia que prendesse o casal Jugnauth e outros dois suspeitos, caso tentassem deixar o país.

Um relatório da polícia e documentos judiciais também vistos pela AFP revelam que os investigadores fizeram buscas nas casas de outros dois suspeitos, que dirigem uma empresa de lazer, tendo encontrado documentos com os nomes dos Jugnauths, relógios de luxo e malas de dinheiro.

De uma dinastia que domina a política mauriciana desde a sua independência, em 1968, Jugnauth perdeu em novembro do ano passado as eleições parlamentares para a Aliança para a Mudança, de centro-esquerda, liderada pelo líder do Partido Trabalhista e antigo Primeiro-Ministro Navin Ramgoolam, de 77 anos.

No início de outubro, Jugnauth supervisionou um acordo "histórico" entre as Maurícias e Londres sobre a soberania do arquipélago de Chagos, considerado um grande sucesso para o governo.

No entanto, o texto estipula que, "durante um período inicial de 99 anos", Londres será "autorizada a exercer direitos de soberania" sobre a base militar americana situada na ilha de Diego Garcia, escreve a AFP.

Quando chegou ao poder, em novembro, Ramgoolam pôs em causa o acordo, que ainda não tinha sido ratificado, e reabriu as negociações para obter melhores condições.

O novo primeiro-ministro declarou, no início de fevereiro, que tinha chegado a um novo acordo "pronto a ser assinado" com o Reino Unido sobre o controlo das ilhas Chagos, mas que aguardava o parecer da administração Trump sobre este texto revisto.

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