"Israel deve retirar-se completamente a 18 de fevereiro, não há desculpa", afirmou Naïm Qassem, durante um discurso televisivo transmitido pelo canal Al Manar, do Hezbollah, sublinhando que deve ser o Estado libanês a "fazer tudo o que for possível para forçar Israel a retirar a 18 de fevereiro".
De acordo com os termos do cessar-fogo, o Exército israelita deveria ter concluído sua retirada do sul do Líbano em 26 de janeiro, onde apenas o Exército libanês e as forças de paz da ONU podem ter acesso, mas o prazo foi adiado para 18 de fevereiro.
Entretanto, o exército israelita disse ter realizado novos ataques contra instalações do Hezbollah equipadas com lança-foguetes no Líbano, sem especificar a localização exata.
No sul do Líbano uma mulher foi morta por tiros israelitas, enquanto deslocados tentavam regressar a casa, segundo a agência de notícias oficial libanesa ANI.
Estes acontecimentos tiveram lugar enquanto o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou em Jerusalém que os Estados Unidos e Israel esperam que o Estado libanês consiga enfrentar e desarmar o movimento islamita Hezbollah, apoiado pelo Irão.
O secretário de Estado norte-americano iniciou hoje, em Jerusalém, a sua primeira viagem ao Médio Oriente com um encontro com o primeiro-ministro israelita, um dia depois de terem sido libertados três reféns em Gaza em troca de prisioneiros palestinianos.
Após o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza em 07 de outubro de 2023, o Hezbollah pró-iraniano começou a disparar rockets contra Israel a partir do sul do Líbano, alegando que estava a agir em apoio dos palestinianos.
Estes confrontos transformaram-se em guerra aberta em setembro de 2024, mas um cessar-fogo entre as duas partes entrou em vigor no final de novembro.
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