A Ucrânia "ainda não foi convidada" para as conversações de paz que vão decorrer na Arábia Saudita, entre os Estados Unidos e a Rússia, revelou um assessor próximo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao canal de televisão norte-americano NBC News.
"É perigoso falar com os inimigos antes de falar com os aliados. A posição da Ucrânia mantém-se inalterada e é necessária uma posição conjunta da Ucrânia, dos Estados Unidos e da Europa antes de qualquer negociação com Putin", defendeu o assessor.
Dois funcionários do governo dos Estados Unidos já confirmaram que a Ucrânia não foi convidada para as conversações, mas garantiram que a intenção é que os EUA organizem primeiro uma reunião bilateral com a Rússia, depois com a Ucrânia e, em seguida, conversações conjuntas, de acordo com o canal de televisão britânico Sky News.
"Estamos a trabalhar com ambos [Rússia e Ucrânia], com o mesmo peso. Queremos acabar com a matança e chegar a uma paz duradoura”, acrescentou um dos funcionários.
Trump, que durante a campanha presidencial disse que acabaria com a guerra na Ucrânia em 24 horas, anunciou após a conversa com Putin que tinham decidido começar negociações sobre o conflito iniciado pela Rússia há três anos.
O presidente norte-americano revelou também que o encontro com o homólogo russo decorrerá na Arábia Saudita.
Trump disse aos jornalistas na semana passada, na Sala Oval, que, embora vá manter contacto com Putin principalmente por telefone, planeia encontrar-se pessoalmente com o chefe de Estado russo, sendo que o primeiro encontro terá "provavelmente lugar na Arábia Saudita", sem adiantar uma data.
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