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UE aponta Putin como "responsável máximo" da morte de Navalny

A União Europeia (UE) apontou este domingo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e as autoridades russas como os "responsáveis máximos" pela morte há um ano do líder da oposição Alexei Navalny, numa prisão do Ártico.

UE aponta Putin como "responsável máximo" da morte de Navalny

© Evgenia Novozhenina/Reuters

Lusa
16/02/2025 10:53 ‧ há 7 meses por Lusa

A organização europeia incitou ainda Moscovo, através de uma declaração em nome dos 27 países membros, a libertar imediatamente os seus advogados e todos os presos políticos.

 

"Hoje assinala-se um ano da morte do líder da oposição russa Alexei Navalny, de que o presidente Putin e as autoridades russas têm a responsabilidade máxima", afirmou a alta representante da UE para os Assuntos Exteriores.

Kaja Kallas destaca ainda que "Navalny deu a sua vida por uma Rússia livre e democrática" e, hoje, "injustamente, os seus advogados continuam presos, juntamente com centenas de outros prisioneiros políticos".

Neste sentido, pediu à Rússia para que os libertasse "imediata e incondicionalmente".

A também responsável pela política de segurança da UE afirmou que o Kremlin continua a sua repressão interna, dirigida a todos os que defendem a democracia, enquanto intensifica a sua "guerra ilegal de agressão" contra a Ucrânia.

Kaja Kallas pediu à Rússia que coloque um fim na "brutal" repressão e que cumpra o direito internacional.

A responsável recordou que, desde 2020, a UE sancionou os "responsáveis pelo envenenamento, detenção arbitrária, acusação injusta e a condenação por motivações políticas" de Navalny, que foi reconhecido pelo seu trabalho enquanto dirigente da oposição, ao organizar, em 2011, o maior protesto antigovernamental desde a queda da União Soviética.

Apesar de ter sofrido uma tentativa de assassinato, em 2020, após nove meses de convalescença na Alemanha, voltou à Rússia, onde foi condenado e enviado, em decembro de 2023 para uma prisão do outro lado dos montes Urais, onde morreu.

Kaja Kallas recordou também que, em 2024, a UE adotou um regime de sanções específicas para a Rússia, com foco nos direitos humanos e a quem imponha sanções adicionais a funcionários russos que cometam abusos, violações e repressão dos direitos humanos.

A versão oficial sobre a morte de Navalny, tornada pública pela Rússia em agosto de 2024, é de que o líder da oposição -- que tinha sido transladado dois meses antes para uma prisão no Ártico -- morreu de causas naturais, devido a uma arritmia.

Um diagnóstico recebido com ceticismo que levou um grupo de médicos e autoridades de saúde russas a solicitarem a Putin para abrir um processo-crime contra os funcionários da prisão ártica, que consideram terem tido um "comportamento negligente das suas obrigações".

Leia Também: Navalny morreu há um ano. Amnistia Internacional exige "verdade"

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