Na sexta-feira, durante uma visita à Polónia, o secretário da Defesa dos EUA avisou que a Europa não podia assumir que a presença de tropas norte-americanas no continente "vai durar para sempre".
"É por isso que a nossa mensagem para os nossos aliados europeus é tão clara. É altura de investir, porque não se pode assumir que a presença norte-americana vai durar para sempre", disse Pete Hegseth aos jornalistas.
Depois da mensagem do secretário da Defesa norte-americano, o primeiro-ministro polaco defende que a Europa precisa de ter o seu próprio plano de ação para a Ucrânia.
"A Europa precisa urgentemente do seu próprio plano de ação para a Ucrânia e para a nossa segurança, caso contrário, serão outros atores mundiais a decidir o nosso futuro. Não necessariamente no nosso próprio interesse", afirmou Tusk.
"Este plano tem de ser preparado agora. Não há tempo a perder", acrescentou na rede X.
As declarações de Tusk fazem eco das do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que hoje em Munique apelou à Europa para "agir para o seu próprio bem" e para ter "as suas próprias forças armadas" para se defender da Rússia.
"A partir de agora, as coisas vão ser diferentes e a Europa tem de se adaptar a isso (...) Acredito na Europa (...) e exorto-vos a agirem para o vosso próprio bem", disse na Conferência de Segurança de Munique.
"Os Estados Unidos não oferecerão garantias (de segurança) a menos que as garantias da Europa sejam sólidas", insistiu o Presidente ucraniano.
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