Um painel de especialistas em morte neonatal concluiu, esta terça-feira, que não existem provas de que a enfermeira Lucy Letby tenha assassinado algum bebé.
A profissional de saúde de 35 anos está a cumprir uma pena de prisão perpétua depois de ter sido acusada de matar sete bebés e ter tentado matar outros sete bebés no Countess of Chester Hospital.
Uma "equipa de sonho" composta pelos 14 melhores neonatalistas do mundo consideraram que não foram encontradas provas médicas de homicídio, noticia o Metro britânico.
Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, o deputado David Davis descreveu as condenações da enfermeira como “uma das maiores injustiças dos tempos modernos”.
Em outubro passado, recorde-se, um relatório concluiu que Lucy teria dado uma dose potencialmente fatal de morfina a um recém-nascido, dois anos antes de ter matado a sua primeira vítima. Afirmava-se também que um dos seus métodos consistia em injetar ar na corrente sanguínea, o que provocava uma embolia aérea que bloqueava o fornecimento de sangue e levava a colapsos súbitos e inesperados.
"Não encontrámos nenhum homicídio. Em todos os casos, a morte ou os ferimentos deveram-se a causas naturais ou apenas a maus cuidados médicos", defendeu um dos especialistas médicos, o Dr. Shoo Lee, que criticou igualmente os cuidados prestados no Hospital Countess of Chester e afirmou que "se este fosse um hospital no Canadá, seria encerrado".
Segundo o painel em causa, a morte dos bebés está relacionada com uma mistura de causas naturais, associadas a maus cuidados médicos.
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