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China considera "lamentável" retirada do Panamá da iniciativa da Rota da Seda

A China considerou hoje "lamentável" a retirada do Panamá da iniciativa da Rota da Seda, a qual classificou como uma plataforma de cooperação económica para os países do "sul global", rejeitando qualquer "agenda política" nessa iniciativa.

China considera "lamentável" retirada do Panamá da iniciativa da Rota da Seda

© Reuters

Lusa
03/02/2025 22:39 ‧ há 8 meses por Lusa

Mundo

China

"Eu acho que é uma decisão lamentável, porque, antes de tudo, (...) é uma iniciativa económica. O objetivo é construir uma plataforma para os países, especialmente do Sul Global, terem uma cooperação económica entre si. Não está relacionada com nenhuma agenda política", afirmou o embaixador da China junto das Nações Unidas (ONU), Fu Cong, numa conferência de imprensa em Nova Iorque.

 

De acordo com o diplomata, a cooperação económica em causa "é mutuamente benéfica", admitindo esperar que o Panamá "veja isso da maneira correta".

"Qualquer campanha de difamação que é lançada pelos Estados Unidos e alguns outros países ocidentais" sobre a iniciativa da Rota da Seda "é totalmente infundada", frisou ainda.

Ao mesmo tempo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, considerou hoje que o Panamá deu "um grande passo" ao não renovar o acordo de cooperação comercial com a China sobre a iniciativa da Rota da Seda.

"O anúncio feito ontem [domingo] pelo Presidente José Raúl Mulino de que o Panamá deixará caducar a sua participação na Iniciativa da Cintura e da Rota do PCC [Partido Comunista da China] é um grande passo em frente para as relações entre os EUA e o Panamá e para um Canal do Panamá livre", afirmou Rubio na rede social X.

De acordo com o chefe da diplomacia norte-americana, a influência de Washington na decisão panamiana é um "exemplo da liderança" do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na proteção da segurança nacional norte-americana.

A nova Rota da Seda é uma iniciativa de cooperação comercial e de investimento iniciada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, destinada a fazer a ligação da China à Europa, ao Médio Oriente, a África e, mais recentemente, à América Latina.

Na conferência de imprensa em Nova Iorque, o embaixador chinês também abordou as acusações de Donald Trump e da sua equipa de que Pequim controla o Canal do Panamá, o que considerou "totalmente falso".

"A acusação contra a China é totalmente falsa. Não tem qualquer fundamento. Deixem-me enfatizar que a China não participou da gestão e operação do Canal do Panamá e nunca interferiu nos assuntos do Canal", declarou Fu Cong aos jornalistas.

A China, acrescentou o diplomata, "respeita a soberania do Panamá sobre o Canal e reconhece o Canal como uma infraestrutura internacional neutra".

Leia Também: EUA (também) suspendem tarifas impostas ao Canadá durante 30 dias

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