"Jimmy Carter muito contribuiu para o avanço das relações entre a China e os Estados Unidos e para encorajar intercâmbios amigáveis e a cooperação entre os dois países", afirmou Xi Jinping, numa carta de condolências enviada ao homólogo norte-americano, Joe Biden.
O líder chinês afirmou estar "profundamente triste com a morte" de Carter.
Em janeiro de 1979, durante o curto mandato de Carter, os Estados Unidos reconheceram diplomaticamente a República Popular da China, cortando assim as suas relações oficiais com o regime de Chiang Kai-shek, derrotado pelo exército comunista e exilado em Taiwan desde 1949.
Os Estados Unidos comprometeram-se a manter relações não oficiais e a fornecer armas a Taiwan, a fim de evitar qualquer resolução militar do conflito.
Nesse mesmo ano, o líder chinês Deng Xiaoping, arquiteto das grandes reformas económicas do país, encontrou-se com Jimmy Carter durante uma visita histórica aos Estados Unidos.
O 39º Presidente norte-americano incentivou posteriormente o intercâmbio comercial e académico entre as duas potências, reforçando a abertura progressiva da China.
Na mesma carta, Xi Jinping disse que a relação entre os dois países é "uma das mais importantes" do mundo.
"A China deseja trabalhar com os Estados Unidos (...) para promover o desenvolvimento de uma relação bilateral saudável e estável que caminhe na direção certa a longo prazo", escreveu.
Carter não visitou a China durante a sua presidência, mas visitou-a antes e depois do seu mandato. O antigo líder visitou a China pela primeira vez em 1949, quando era um jovem oficial da marinha. Depois, visitou o país em 1981, pouco depois de deixar o cargo, e novamente em 1991.
Jimmy Carter também visitou a China em julho de 1997, tendo passado vários dias numa pequena aldeia da província oriental de Shandong.
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