A adesão da Turquia à UE "continua a ser um objetivo estratégico", disse Recep Tayyip Erdogan, em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Ancara, capital turca.
"A nossa adesão vai trazer contributos importantes para a União Europeia, os últimos desenvolvimentos [na região do Médio Oriente, especificamente na Síria] demonstram isso", acrescentou o Presidente turco.
Recep Tayyip Erdogan disse esperar um "reavivar das relações" entre a Turquia e os 27 países do bloco comunitário e pediu à UE para apresentar "uma visão para fortalecer a perspetiva de adesão" turca.
"Os nossos interesses não podem estar cativos das agendas limitadas de alguns membros", sustentou, considerando que o processo pode avançar na base do "respeito mutuo".
Recep Tayyip Erdogan aproveitou a ocasião para criticar as "atrocidades de Israel" na Faixa de Gaza e no Médio Oriente, alertando para o agravamento da situação no enclave palestiniano "com a chegada do inverno".
O Presidente da Turquia criticou "mais um massacre horrendo levado a cabo por Israel" a uma escola das Nações Unidas.
De acordo com a informação disponibilizada pela agência da Nações Unidas para os palestinianos, pelo menos 13 pessoas morreram e 48 ficaram feridas na sequência de um bombardeamento israelita a uma escola que estava a servir de refúgio, na segunda-feira, em Khan Yunis.
Olhando para a Síria, o Presidente turco defendeu junto da presidente da Comissão Europeia a "preservação da soberania e integridade territorial" do país, depois de "61 anos de tirania, opressão e escuridão" do regime de Bashar al-Assad, que "colapsou", mas deixou os sírios com "os escombros".
"Vamos reabrir no sábado a nossa embaixada em Damasco depois de uma interrupção de 12 anos e neste processo, a Síria não pode ser um antro de terrorismo", advertiu Recep Tayyip Erdogan.
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