Scholz incentiva ao investimento alemão num "futuro membro da UE"

O chanceler alemão, Olaf Scholz, instou hoje as empresas do seu país a investirem na Ucrânia, defendendo que significa apoiar "um futuro membro da UE", apelo feito numa conferência em Berlim sobre cooperação económica entre as duas nações.

German Chancellor Olaf Scholz requests Bundestag's confidence vote

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Lusa
11/12/2024 22:53 ‧ 11/12/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Se investirmos na Ucrânia agora e nos próximos anos, estaremos a investir num futuro membro da UE [União Europeia]", assegurou Olaf Scholz, no 7.º Fórum Económico Alemão-Ucraniano.

 

Cerca de 2.000 empresas alemãs estão ativas na Ucrânia, um país com o qual o volume de comércio aumentou de 8 mil milhões para quase 10 mil milhões de euros entre 2021 e 2023, realçou Scholz.

E "depois da guerra" desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia irá experimentar "taxas de crescimento e oportunidades de desenvolvimento que só se registou nos países da Europa Central e Oriental que aderiram à UE nas últimas duas décadas", sublinhou.

Este alargamento da UE "beneficiou" a economia alemã, apontou o governante alemão, considerando esta mais uma razão para "apoiar" Kiev na "sua procura de uma paz justa" que "respeite e preserve a independência e a livre escolha da Ucrânia para o seu futuro na Europa".

Para Olaf Scholz, "o processo de adesão à UE cria a certeza" de que a Ucrânia "se tornará" um membro de pleno direito da União Europeia.

Mas "há ainda um caminho a percorrer entre agora e lá", admitiu ainda o alemão.

Bruxelas lançou oficialmente negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova em junho, um processo que a Rússia tem procurado por todos os meios obstruir.

Entre os 500 participantes esperados no fórum, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmyhal, apresentou o seu país como um futuro "local de produção, um arsenal, um centro energético para a UE", bem como um reduto para as "novas tecnologias".

Sobre o apoio militar à Ucrânia, Olaf Scholz confirmou a entrega "até ao final do ano" de um sexto sistema de defesa aérea Iris-T.

A este juntam-se os lançadores adicionais do sistema antiaéreo Patriot, armas caras e valiosas entregues à Ucrânia para fazer face aos bombardeamentos diários das forças do Kremlin.

Numa conferência de imprensa separada, Denys Chmyhal apelou a Berlim para reforçar ainda mais "o apoio à defesa da Ucrânia no próximo ano".

De acordo com os seus próprios dados, o governo alemão ajudou até agora a Ucrânia no valor de 37 mil milhões de euros - todos os setores combinados - desde o início da guerra, tornando-a no segundo maior fornecedor do mundo, atrás dos Estados Unidos.

Mas o orçamento para 2025 previa um volume de ajuda militar de cerca de quatro mil milhões de euros, reduzido para metade em relação a 2024. O documento não foi aprovado devido à 'implosão' da coligação de Olaf Scholz e a marcação de eleições.

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