Todas as formações políticas votaram a favor do levantamento de imunidade, exceto o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), que considerou a decisão como uma "perseguição judicial".
A Procuradoria Anti-Corrupção quer investigar Herbert Kickl por alegadas declarações falsas proferidas numa comissão parlamentar, em abril, relacionadas com o financiamento de anúncios de imprensa durante o seu mandato como ministro do Interior (entre 2017 e 2019).
Além de ter votado o levantamento de imunidade sobre Herbert Kickl, o parlamento austríaco também aprovou igual decisão para outros três deputados do FPÖ, para que possam ser investigados sobre a presença num funeral, em setembro, durante o qual foi interpretada uma música associada ao nazismo.
O FPÖ obteve, em setembro, uma vitória histórica nas eleições legislativas, com 28,8% dos votos e conquistou 57 dos 183 assentos parlamentares. Tratou-se da primeira vez que um partido de extrema-direita foi o mais votado numa eleição nacional europeia desde a Segunda Guerra Mundial.
Apesar de ter sido o partido mais votado, a vitória não se concretizou na formação de um governo, porque o FPÖ precisava de parceiros para uma coligação e nenhum partido se mostrou disponível para se aliar à extrema-direita.
A segunda formação política mais votada nas eleições de setembro foi o democrata-cristão ÖVP, de Karl Nehammer, que está ainda a negociar com o Partido Social Democrata e o liberal Neos, para formar uma coligação governamental.
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