Membros da UE têm em mãos mais de 100 mil pedidos de proteção de sírios

Mais de cem mil pedidos de proteção internacional feitos por sírios exilados na União Europeia (UE) aguardam ainda uma resposta por parte dos 27 Estados-membros, revelou hoje a Agência da União Europeia para o Asilo (AUEA).

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Lusa
11/12/2024 22:07 ‧ 11/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

De acordo com esta agência, no final de outubro cerca de 108.200 pedidos estavam ainda em análise e a aguardar uma primeira decisão por parte dos vários Estados-membros da UE.

 

E este ano, até outubro, foi concedida uma forma de proteção internacional a 128.500 cidadãos sírios, dos quais 28% (quase 35.500) corresponderam ao estatuto de refugiado.

Estes dados são tornados púbicos numa altura em que alguns Estados-membros, nomeadamente Alemanha, Itália, Suécia e Bélgica, anunciaram que estão a suspender a análise de novos pedidos de asilo de sírios, depois da queda do regime de Bashar al-Assad.

Bélgica revelou que, na última década, assegurou proteção a cerca de 35.000 sírios. França contabilizou este ano 45.600 refugiados sírios. Os dois países dizem ter em mãos cerca de 4.500 novos pedidos de cidadãos sírios desde o início deste ano.

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, 13 milhões de sírios - mais de metade da população - fugiram do país desde que começou a guerra na Síria em 2011.

A maioria destas pessoas encontrou refúgio nos países vizinhos, como a Turquia, o Líbano e a Jordânia, mas há milhares de sírios deslocados na Europa.

Portugal acolhe atualmente 1.243 refugiados sírios e o governo português fez saber que não os fará regressar à Síria, embora não tenha ainda decidido sobre uma eventual suspensão de acolhimento de futuros migrantes.

"Com a queda do regime da Síria, sabe-se que há alguns países que estão predispostos ou a suspender o acolhimento de imigrantes sírios ou até a fazer retornar alguns que foram beneficiários do regime de asilo" por fugirem do regime de al-Assad, declarou hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na Assembleia da República.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, fugiu com a família no domingo e pediu asilo político na Rússia, depois de uma coligação de rebeldes ter conseguido tomar Damasco e anunciado o fim de cinco décadas de poder da família.

A coligação vitoriosa é liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e inclui fações pró-turcas.

Os rebeldes lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro a partir da cidade de Idlib, um bastião da oposição, e conseguiu expulsar em poucos dias o exército de Assad das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs, abrindo caminho para Damasco.

Os rebeldes islamitas que derrubaram o regime sírio nomearam Mohammad al-Bashir como novo primeiro-ministro responsável pela transição na Síria.

Leia Também: Vários países da Europa travam pedidos de asilo de refugiados sírios

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