"As forças retiraram-se do centro da cidade e posicionaram-se nos arredores da cidade, adjacentes às nossas áreas a leste do rio Eufrates", frisou Farhad Shami, porta-voz da coligação, à agência Efe.
Shami especificou que as suas unidades continuam a controlar algumas zonas da cidade.
"Na cidade há Daesh (grupo terrorista do Estado Islâmico) e seguidores do regime que são semelhantes ao Daesh", frisou Al Shami, que acrescentou que esta é a razão pela qual "se retiraram".
"Agora a situação está estável na população", garantiu o porta-voz da aliança, apoiada pelos Estados Unidos, sem adiantar mais pormenores.
Há dois dias, aliança de fações liderada pelo Organismo de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), a antiga afiliada síria da Al Qaeda que derrubou o regime do ex-presidente Bashar al Assad, anunciou que tinha entrado naquela cidade.
O tenente-coronel Hasan Abdelghani, que atua como porta-voz militar da coligação rebelde, garantiu então que dezenas de soldados do FDS se renderam, enquanto continuavam a avançar na província na sua ofensiva contra os curdos sírios, outra frente iniciada durante a luta contra Al Assad.
O FDS tinham informado na passada sexta-feira que as suas unidades foram destacadas na cidade de Deir al Zur, depois da retirada do Exército Sírio e das milícias iranianas.
A aliança liderada pelos curdos sírios, e também formada por árabes e assírios, observou que a tomada da cidade foi realizada para a proteger de "grupos mercenários afiliados à ocupação turca", em referência à coligação insurgente na qual estão integrados os rebeldes apoiados por Ancara, bem como devido ao receio de que a organização Estado Islâmico se reagrupasse e se expandisse por todo o seu território.
O FDS é inimigo da Turquia, embora tenham mantido conversações nos últimos dias para "resolver" as suas diferenças "pacificamente"
Os rebeldes declararam a 08 de dezembro Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.
Perante a ofensiva rebelde, Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e asilou-se na Rússia.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baas foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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