Pelo menos 10 manifestantes mortos por disparos curdos no leste da Síria

Pelo menos dez manifestantes morreram hoje e outros 22 ficaram feridos na cidade de Deir Al Zur, no leste da Síria, por disparos da aliança liderada pelos curdos, Forças Democráticas Sírias (SDF), noticiou a televisão Syria TV.

Forças Democráticas Sírias

© Delil souleiman / AFP) (Photo by DELIL SOULEIMAN/AFP via Getty Images

Lusa
09/12/2024 23:59 ‧ 09/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

A estação de televisão, agora controlada pelos rebeldes da oposição, citou "fontes privadas" e mostrou imagens de centenas de pessoas a manifestarem-se pela saída das SDF de Deir Al Zur, pedindo que a cidade seja controlada pela aliança de fações liderada pelo Organismo de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), que derrubou o regime do ex-presidente Bachar al Assad.

 

"Deus é grande, Deus é grande (...) deixem sair esses gangues do SDF", ouvia-se no vídeo exibido pela Syria TV.

O SDF, que não reagiu a esta informação, inclui entre os seus quadros as Unidades de Proteção Popular (YPG), apoiadas pelos Estados Unidos na sua luta contra a organização terrorista Estado Islâmico (EI), noticiou a agência Efe.

A Turquia, por sua vez, que apoia o HTS, considera o YPG um grupo terrorista e afiliado da guerrilha turca Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

A aliança curda síria tinha anunciado, na passada sexta-feira, que as suas unidades foram destacadas para Deir al-Zur depois de o Exército sírio e as milícias iranianas se terem retirado da cidade, perante o avanço da coligação insurgente, composta por uma variedade de fações armadas, incluindo grupos apoiados pela Turquia.

Os rebeldes declararam no domingo Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante, juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, derrubar o governo sírio.

O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e asilou-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.

Leia Também: Síria. Scholz e Macron "preparados para cooperar com novos líderes"

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