A Turquia nega ter qualquer interesse em alargar o território para a Síria. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, garantiu esta segunda-feira que as operações transfronteiriças destinam-se apenas a defender o país de "ataques terroristas".
"A Turquia não está de olho no território de nenhum outro país. O único objetivo das nossas operações transfronteiriças é salvar a nossa pátria de ataques terroristas", afirmou Erdogan, citado pela agência AFP, referindo-se a ataques liderados pelos curdos no nordeste da Síria.
O país de Erdogan tem levado a cabo várias operações contra as forças curdas na região, desde 2016, permitindo-lhe ganhar terreno nas zonas limítrofes.
Ancara diz que o objetivo é expulsar os combatentes curdos, nomeadamente as YPG (Unidades de Proteção Popular, sigla em português), apoiadas por Washington na luta contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Para a Turquia, as YPG são uma extensão do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, sigla em português), um grupo proibido há décadas no país e que está também na lista negra, como grupo terrorista, de Washington e Bruxelas.
Erdogan afirmou que a Turquia está a observar atentamente os dois grupos e não permitirá que tirem partido da instabilidade que se vive na Síria.
"A organização terrorista separatista e as suas extensões na Síria podem estar bastante entusiasmadas para tirar partido desta situação e nós seguimo-las de muito perto", acrescentou, descrevendo o PKK, o YPG e o EI como "inimigos".
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