Israel diz estar a apoiar ONU a repelir ataque nos Montes Golã

O exército israelita anunciou hoje que está a apoiar tropas das Nações Unidas a "repelir um ataque" na Síria, na fronteira com os montes Golã sírios, ocupados por Israel.

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© REUTERS/Dawoud Abu Alkas

Lusa
07/12/2024 18:37 ‧ 07/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

"Indivíduos armados atacaram um posto das Nações Unidas na região de Hader, na Síria", afirmou o exército em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP), sobre a cidade no limite da zona controlada pela ONU nos Montes Golã.

 

Israel diz que está a apoiar a ONU a repelir o ataque.

O exército israelita anunciou na sexta-feira um "reforço" do seu destacamento nos Montes Golã devido à grande ofensiva lançada na semana passada por grupos rebeldes e islamitas na Síria, sublinhando que "não permitirá qualquer ameaça" perto da sua fronteira.

Em comunicado, o exército israelita precisou que "as FDI trabalharão para desarticular qualquer ameaça aos cidadãos de Israel", referindo que as suas forças "estão posicionadas na zona fronteiriça e preparadas para vários cenários".

Os Montes Golã são um território que Israel tomou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973) e que anexou efetivamente em 1981, uma ação não reconhecida pela comunidade internacional.

A ofensiva na Síria, lançada a 27 de novembro a partir da província de Idlib e liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS, em árabe), permitiu aos 'jihadistas' e aos rebeldes chegarem às imediações de Homs, no centro do país, depois de terem tomado Alepo e Hama, perante a retirada das tropas governamentais, apoiadas pela Rússia e pelo Irão.

A ofensiva, que na realidade são duas combinadas -- "Dissuadir a Agressão", lançada pelo HTS, e "Amanhecer da Liberdade", liderada pelos rebeldes sírios - é a primeira em grande escala desde que os Presidentes turco e russo, Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin, respetivamente, acordaram, em 2020, um cessar-fogo após meses de combates em Idlib.

Esta ofensiva é a primeira em que as forças da oposição conquistam território em Alepo desde 2016, quebrando o impasse de uma guerra civil iniciada em 2011 e que, formalmente, nunca terminou.

O reacendimento do conflito, que já matou mais de 300.000 pessoas e fez sair do país quase seis milhões de refugiados, tem também amplas ramificações na região.

Leia Também: Síria. Centenas de soldados que fogem do conflito entraram no Iraque

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