Líder da extrema-direita da Roménia diz que Trump castigará golpistas

O líder da extrema-direita na Roménia, George Simion, atribuiu hoje a anulação das eleições presidenciais aos partidos pró-europeus, garantindo que serão punidos pelo Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Lusa
07/12/2024 17:12 ‧ 07/12/2024 por Lusa

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Roménia

"Aqueles que agiram de forma pérfida aproveitaram os últimos dias da administração Biden e do Partido Democrata norte-americano", disse o líder da Aliança para a União dos Romenos, antecipando que o futuro Governo de Trump irá punir os "conspiradores do golpe".

 

O partido de Simion ficou em segundo lugar, com 18% dos votos, nas eleições legislativas do passado domingo, atrás do Partido Social Democrata, que teve 24%.

Donald Trump Jr., filho do Presidente eleito, afirmou na rede social X que a anulação das eleições romenas é uma "tentativa marxista de fraudar o resultado e negar a vontade do povo".

O Tribunal Constitucional da Roménia anulou, na sexta-feira, todo o processo de eleição do novo chefe de Estado.

A segunda e última volta das eleições presidenciais realiza-se no domingo, opondo o ultranacionalista pró-Rússia Calin Georgescu - que ficou em primeiro lugar na primeira volta, com quase 23% dos votos - e a conservadora europeísta Elena Lasconi.

Simion, que ficou de fora da corrida presidencial na primeira volta, já apelou ao voto em Georgescu na segunda volta.

Estes dois candidatos qualificaram a anulação das eleições presidenciais como um golpe de Estado, que o Tribunal Constitucional justificou pela necessidade de "garantir a imparcialidade e legalidade do processo eleitoral".

O Ministério Público está a investigar um possível financiamento ilegal da campanha de Georgescu, com recurso a fundos provenientes de atividades criminosas e de branqueamento de capitais, e o Serviço de Inteligência romeno concluiu também que este candidato recebeu apoio de um "agente de Estado", cujo nome não revela.

Na quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusou a Rússia de estar por detrás de um "esforço em grande escala e bem financiado" para influenciar as eleições romenas, país membro da União Europeia (UE) e da NATO.

Simion garantiu que no domingo, data da segunda das eleições presidenciais, irá à sua assembleia de voto "acender velas pela democracia" e pediu mais uma vez aos seus seguidores que "se comportem de forma pacífica" para defender os seus direitos.

Simion convidou ainda todos os eleitores, tanto no estrangeiro (onde a votação já tinha começado) como na Roménia, a comparecerem com bandeiras romenas e velas às assembleias de voto para protestar contra o que chamou de um processo eleitoral viciado e uma "decisão abusiva" do Tribunal Constitucional.

Georgescu e Simion já disseram que vão recorrer da decisão do Tribunal Constitucional e que começaram a recolher assinaturas para pedir a organizações internacionais, como a Organização para a Segurança na Europa (OSCE) ou a Comissão de Veneza, para assegurarem eleições livres.

Leia Também: EUA pedem "processo democrático pacífico" na Roménia

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