Rússia, Turquia e Irão pedem cessar-fogo imediato na Síria, diz Lavrov

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Turquia e Irão, os três principais países intervenientes estrangeiros na guerra civil da Síria, apelaram hoje ao cessar imediato das hostilidades no país árabe, após uma reunião tripartida em Doha.

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Lusa
07/12/2024 14:25 ‧ 07/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

Degundo a agência noticiosa russa TASS, que cita o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, os três países apelaram também a Damasco e aos rebeldes para que abram um processo de diálogo.

 

"Confirmamos firmemente o nosso apelo ao respeito pela integridade territorial e pela soberania da Síria. Apelamos à cessação imediata das ações militares e ao início do diálogo entre o governo e as forças legais da oposição", afirmou o ministro russo.

Lavrov, que reconheceu que "a Rússia está a ajudar militarmente a Síria com a Força Aeroespacial Russa com sede na base aérea de Hmeimim", a sudeste da cidade de Latakia, na província homónima, salientou que "não se pode permitir que "grupos terroristas se apoderem de territórios em violação dos acordos existentes, a começar pela resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU".

O chefe da diplomacia russa negou que a Marinha russa esteja a retirar-se da base naval de Tartus, nas margens do Mar Mediterrâneo.

"No Mediterrâneo, estão a ser realizadas manobras navais, aparentemente as vossas fotografias de satélite confundiram isto com outra coisa", disse em resposta.

Na passada terça-feira, o Ministério da Defesa russo anunciou a realização manobras navais em grande escala no Mediterrâneo oriental, perto da costa síria, utilizando armamento hipersónico de nova geração.

Lavrov apelou a que não se antecipem aos acontecimentos na Síria e referiu que a Rússia "faz tudo para não permitir que os terroristas tenham sucesso".

"Mesmo que eles digam que já não são terroristas", afirmou.

"Houve um consenso entre todos os participantes de que o conflito deve terminar imediatamente, que a integridade territorial da Síria deve ser respeitada e, mais importante, que o diálogo político entre o governo sírio e os grupos legítimos da oposição deve continuar", afirmou, por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, ao falar aos canais de televisão persas após a reunião em Doha.

A 27 de novembro, uma coligação de insurrectos liderada pela Organização de Libertação do Levante (OLL, herdeira da antiga filial síria da Al-Qaida) lançou uma ofensiva contra o governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e, em pouco mais de uma semana, controlou as cidades de Alepo e Hama, ambas capitais de província.

Estão agora às portas da cidade central síria de Homs, que, se controlada, isolaria ainda mais Damasco, cortando a ligação terrestre à costa mediterrânica.

Outras fações rebeldes afirmaram também ter tomado o controlo da cidade de Deraa, que foi o berço das revoltas populares de 2011 contra al-Assad, e os drusos tomaram o controlo da cidade de Sueida, ambas no sul da Síria.

Os insurgentes também anunciaram hoje que tomaram o controlo de uma cidade no norte da província de Deraa, que fica a cerca de 50 quilómetros a sul da capital síria.

Leia Também: Exército confirma retirada das unidades em 2 províncias do sul da Síria

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