MNE polaco pede suspensão da Rússia da OSCE até que acabe a guerra

O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco apelou hoje à suspensão da Rússia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enquanto esta continuar a travar guerra contra a Ucrânia.

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© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images

Lusa
05/12/2024 14:17 ‧ 05/12/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Até que [a Rússia] ponha fim a esta guerra brutal, a sua adesão à OSCE deve ser suspensa", disse Radoslaw Sikorski aos jornalistas em Malta, pouco depois de boicotar o discurso do seu homólogo russo, Sergei Lavrov, durante a reunião da organização.

 

A Rússia foi membro fundador da organização, criada em 1975 para aliviar as tensões entre o Leste e o Oeste durante a Guerra Fria. Tem 57 membros, desde a Turquia à Mongólia, incluindo o Reino Unido e o Canadá, bem como os Estados Unidos, a Ucrânia e Portugal.

A OSCE está paralisada desde a invasão da Ucrânia, tendo a Rússia vetado várias decisões importantes, que exigem consenso.

A oposição da Polónia à presença da Rússia na conferência já tinha sido manifestada esta manhã, quando Radoslaw Sikorski afirmou que o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, estava na reunião da OSCE para mentir sobre a invasão russa na Ucrânia.

"O senhor Lavrov vem aqui mentir sobre a invasão russa e o que a Rússia está a fazer na Ucrânia. E não vou ouvir essas mentiras. Não me vou sentar à mesma mesa que o senhor Lavrov", sublinhou o ministro polaco à chegada da reunião ministerial OSCE, em Ta'Qali, Malta.

Em 2022, a Polónia, anfitriã da OSCE, recusou-se a permitir que Lavrov participasse na cimeira, o que irritou a Rússia.

Um porta-voz de Malta, país anfitrião da cimeira da OSCE, disse que o chefe da diplomacia russa foi sujeito a um congelamento de bens por parte da União Europeia (UE), mas que não foi proibido de viajar e que foi convidado para "manter certos canais de comunicação abertos".

Sergei Lavrov chegou hoje a Malta para a cimeira da OSCE, onde se encontra também o seu homólogo ucraniano, Andrii Sybiha, na sua primeira visita a um país da União Europeia desde a invasão russa na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O diplomata russo não visitava a UE desde uma viagem a Estocolmo, em dezembro de 2021, novamente para uma reunião da OSCE, segundo a imprensa russa.

Durante a última cimeira ministerial da organização, há um ano, na Macedónia do Norte, Lavrov acusou a OSCE de ter-se tornado um "apêndice" da NATO e da UE.

A Ucrânia exigiu que a Rússia fosse excluída da organização e boicotou a cimeira de Skopje devido à presença de Lavrov.

Em julho passado, o parlamento russo decidiu suspender a sua participação na Assembleia Parlamentar da OSCE, que acusou de ser russófoba e discriminatória.

A OSCE é a maior organização de segurança do mundo, com membros na América do Norte, Europa e Ásia Central que cobrem, no total, uma área de quase 50 milhões de quilómetros quadrados e 1,3 mil milhões de pessoas.

Leia Também: Chefe da diplomacia de Kyiv chama "criminoso de guerra" a homólogo russo

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