China sanciona 13 empresas norte-americanas por venderem armas a Taiwan

A China anunciou hoje um novo conjunto de sanções contra 13 empresas norte-americanas, por venderem armas a Taiwan, advertindo que a "independência" da ilha é "incompatível" com a paz entre os dois lados do Estreito.

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© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
05/12/2024 09:21 ‧ 05/12/2024 por Lusa

Mundo

Taiwan

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, declarou que as repetidas vendas de armas a Taiwan pelos Estados Unidos constituem "uma grave violação do princípio de 'Uma só China'" e uma "séria interferência nos assuntos internos" do país asiático.

 

Lin Jian instou Washington a "honrar os seus compromissos de não apoiar a independência de Taiwan" e "deixar imediatamente de armar" a ilha.

De acordo com um comunicado publicado pela diplomacia chinesa, as 13 empresas afetadas incluem entidades envolvidas no fabrico de veículos aéreos não tripulados ('drones'), inteligência artificial ou comunicação militar.

As empresas são a Teledyne Brown Engineering, BRINC Drones, Rapid Flight, Red Six Solutions, Shield AI, SYNEXXUS, Firestorm Labs, Kratos Unmanned Aerial Systems, HavocAI, Neros Technologies, Cyberlux Corporation, Domo Tactical Communications e Group W.

Os ativos destas empresas na China vão ser congelados e os indivíduos e organizações chinesas vão ser proibidos de cooperar com elas.

As medidas afetam também os quadros superiores destas instituições, que ficarão igualmente sujeitos ao congelamento de bens na China e à recusa de vistos de entrada a partir de hoje.

Em outubro passado, a China já tinha sancionado três empresas de defesa norte-americanas, também por fornecerem armas a Taiwan.

Esta nova vaga de sanções foi anunciada no mesmo dia em que o líder de Taiwan, William Lai, fez uma escala no território norte-americano de Guam, no âmbito da sua digressão pelo Pacífico Sul.

Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou após a derrota das tropas comunistas na guerra civil chinesa (1927-1949) - é governada de forma autónoma desde então, embora a China reivindique a soberania da ilha, que considera uma província sua para cuja "reunificação" não exclui o recurso à força.

A questão de Taiwan é um dos principais pontos de fricção entre Pequim e Washington, uma vez que os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas a Taipé e poderiam defender a ilha em caso de conflito.

Leia Também: William Lai afirma que parceria EUA - Taiwan é "sólida como uma rocha"

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