Ministro espera que Trump ajude a promover emigração de palestinianos de Gaza

O ministro da Segurança Nacional de Israel, o ultranacionalista Itamar Ben Gvir, anunciou hoje que apresentará ao presidente eleito dos Estados Unidos um plano para promover a entrada de judeus colonos e a emigração da população palestiniana de Gaza.

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Lusa
05/12/2024 09:00 ‧ 05/12/2024 por Lusa

Mundo

Israel

Numa entrevista publicada pelo jornal Maariv, o segundo mais lido em Israel, Ben Gvir, que vive num colonato israelita no território palestiniano da Cisjordânia, garantiu que o apoio de Trump seria uma decisão "lógica" e "moral".

 

"Também será bom para os residentes de Gaza que emigram, voluntariamente, é claro", disse o ministro.

A atual ofensiva israelita no norte da Faixa de Gaza, com um cerco de mais de 60 dias em que 3.700 pessoas morreram ou desapareceram, tendo forçado a deslocação de cerca de 100.000, faz com que muitos palestinianos temam que Israel esteja a preparar o terreno para a ocupação.

O próprio ministro da Habitação, o ultraortodoxo Yitzchak Goldknopf, visitou a fronteira com o enclave na semana passada, juntamente com líderes colonos, incluindo Daniella Weiss - chefe do grupo Nachala, principal promotor de assentamentos em Gaza - onde defendeu a construção de colónias judaicas como "retaliação ao massacre do Hamas".

Ben Gvir defendeu, na entrevista, que Israel só derrota os seus inimigos quando lhes tira território: "Quando libertamos - chamam-lhe 'ocupar', eu digo libertar - o território, isso é sempre o que mais os castiga".

O regresso do magnata norte-americano ao poder (tomará posse no dia 20 de janeiro) deu esperança de avançar na ocupação dos territórios palestinianos à ala mais extremista do Governo de Benjamin Netanyahu, encarnada pelo próprio Ben Gvir e pelo Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.

As declarações de Ben Gvir surgem pouco depois de Donald Trump ter prometido nas redes sociais o "inferno" no Médio Oriente se os reféns israelitas que ainda estão em Gaza (96 no total, 34 deles mortos) não forem libertados antes de assumir a presidência dos Estados Unidos.

Leia Também: Israel rejeita relatório com acusações de genocídio em Gaza

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