"Este é um ato desprezível de sabotagem contra uma infraestrutura civil crítica do Kosovo, que fornece água potável a uma parte significativa da população e é uma componente vital do sistema energético do Kosovo", salientou Josep Borrell em comunicado.
O chefe da diplomacia europeia adiantou ainda que transmitiu diretamente uma mensagem de "solidariedade e apoio" da UE ao primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, bem como a todos os afetados por este ataque que o bloco comunitário condena "com a maior firmeza".
O comunicado indica que Borrell ofereceu apoio às autoridades do Kosovo e continua a coordenar os próximos passos com "parceiros relevantes", incluindo a nível local, com a força militar multinacional liderada pela NATO no país, a KFOR.
Além disso, a missão civil da UE para o Estado de Direito, EULEX, está a prestar assistência às autoridades do Kosovo "de acordo com o seu mandato", referiu ainda o alto representante para a política externa.
A explosão, descrita pelas autoridades do Kosovo como forte e poderosa, ocorreu sem causar vítimas ao fim da tarde de sexta-feira, menos de 24 horas depois de ter sido reportado um ataque com granadas a um edifício municipal na zona.
Os danos materiais, até agora não totalmente quantificados, provocaram uma interrupção temporária do fornecimento de água, que serve também para o arrefecimento de duas centrais elétricas do Kosovo.
O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, revelou hoje que várias pessoas foram detidas no âmbito da investigação que está a decorrer, enquanto o Presidente sérvio negou "inequivocamente qualquer envolvimento" do seu país nos acontecimentos.
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês condenou o ataque ao canal, que "pode ter tido consequências consideráveis, em particular no abastecimento de água e de eletricidade do Kosovo", e apelou a que "os seus perpetradores sejam levados perante o sistema judicial".
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