O apelo prende-se especialmente com a situação no norte do enclave palestiniano.
"Os horríveis testemunhos de residentes e médicos no norte da Faixa de Gaza após os bombardeamentos e massacres, perpetrados contra civis inocentes, e a confirmação de casos de ataques com armas e munições que provocam a vaporização de cadáveres, indica claramente que o Exército terrorista de ocupação usou armas proibidas internacionalmente", denunciou o Hamas, em comunicado.
Assim, a milícia palestiniana instou a comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, a impulsionarem um comité de investigação que possa aceder ao norte da Faixa de Gaza para "revelar a natureza das munições usadas".
O Hamas manifestou-se convicto de que o Exército de Israel cometeu violações, de forma generalizada, do Direito Internacional contra os civis do norte da Faixa, apontando a "brutal campanha de genocídio" que há mais de 50 dias as FDI iniciaram na região.
Segundo a milícia, apenas nesta zona do enclave os ataques israelitas deixaram quase 3.000 mortos e 10.000 feridos.
As autoridades sanitárias da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, denunciaram na sexta-feira que pelo menos 75 pessoas morreram num ataque israelita sobre Beit Lahia, no extremo norte do enclave.
Na altura alertaram para o uso de armamento suspeito por parte das Forças Armadas israelitas.
O Hamas lançou a 07 de outubro uma ofensiva sem precedentes contra território israelita, matando quase 1.200 pessoas e levando 240 como reféns.
As FDI responderam no dia seguinte com uma operação militar na Faixa de Gaza, que se salda já em cerca de 44.400 mortos, incluindo os principais líderes do grupo islamita.
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