Papa defende "fim natural da vida" em reunião com deputados no Vaticano

O Papa Francisco defendeu hoje, durante uma visita de deputados franceses ao Vaticano, o "fim natural da vida", duas semanas antes de um encontro com o Presidente Macron e no contexto do debate em curso sobre a eutanásia.

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© Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images

Lusa
30/11/2024 10:08 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Papa Francisco

"Espero que, também com a vossa contribuição, o debate sobre a questão essencial do fim da vida possa ser orientado para a verdade", disse o pontífice argentino aos deputados do sul de França, numa reunião na Sala do Consistório do Vaticano, citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.

 

Para o líder da Igreja Católica, deve-se "acompanhar a vida até ao seu fim natural através do desenvolvimento alargado dos cuidados paliativos", mesmo nas situações em que se sabe o doente não vai recuperar.

A questão do fim da vida faz parte do debate político francês e, no final de maio, a Assembleia Nacional começou a considerar uma lei para legalizar a eutanásia, com grandes divisões entre o governo de Emmanuel Macron, que queria limitar o seu âmbito, e outros grupos que queriam ir muito mais longe.

O projeto ficou bloqueado com a dissolução do parlamento decretada por Macron em junho, na sequência da sua derrota nas eleições europeias, mas espera-se que um novo projeto de lei sobre a questão regresse em breve ao debate político.

"As pessoas no fim da vida precisam de ser apoiadas por assistentes fiéis à sua vocação, que é a de prestar assistência e alívio, mesmo que nem sempre possam ser curadas", argumentou o papa, admitindo que é "uma grande alegria" ver os deputados a interessarem-se "pela mensagem da Igreja".

A reunião do papa Francisco com os deputados do sul de França acontece duas semanas antes da planeada visita a Ajaccio, na ilha francesa da Córsega, no dia 15 de dezembro, para participar numa conferência sobre a religiosidade mediterrânica, após a qual se encontrará com o Presidente Macron.

Leia Também: Papa critica "arrogância do invasor" na Ucrânia e na Palestina

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