Apesar do aumento da tensão entre o Presidente e a sua vice-Presidente - uma relação que continua a deteriorar-se à medida que o mandato avança - Marcos considera que o processo de destituição de Duterte seria prejudicial para o país.
Apesar de a vice-presidente ter reconhecido ter contratado um assassino para matar Marcos e a sua mulher, no caso de ela mesma ser assassinada, o Presidente tem feito pressão para que o Parlamento não avance com qualquer processo de destituição contra Duterte.
"No grande esquema das coisas, a Sara não é importante. Por favor, evitem um processo de 'impeachment' [destituição]", disse o Presidente, alegando que o país não deve perder tempo com estas questões.
No entanto, a própria Duterte já acusou anteriormente o Presidente de "querer expulsá-la do cargo" e garantiu que "nada pode consertar" a relação entre os dois, que atingiu um "ponto de não retorno".
As relações entre as famílias Marcos e Duterte têm-se agravado significativamente nos últimos meses, antes das eleições gerais intercalares marcadas para 2025.
A filha do ex-presidente Rodrigo Duterte insiste que é alvo de um plano de assassinato e que a contratação daquele alegado assassino responde a esse plano.
A disputa escalou em junho, levando Duterte a renunciar ao cargo de ministra da Educação.
Alguns meses antes, o seu pai tinha acusado Marcos de ser um "toxicodependente", enquanto o Presidente atribuía estas declarações à grave deterioração da saúde de Duterte devido ao uso prolongado de fentanil, um opióide.
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