"Angela, perdoe-me". Putin garante que não queria assustar Merkel com cão

O presidente russo disse que, se soubesse da fobia de Angela Merkel, "nunca teria" levado uma cadela para um encontro entre ambos, em 2007. No entanto, um ano antes, oferecera-lhe um cão de peluche, garantindo-lhe que não mordia.

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Notícias ao Minuto
29/11/2024 12:25 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto

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Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu, na quinta-feira, que não sabia que a antiga chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tinha medo de cães quando soltou a sua cadela labrador, Koni, durante uma reunião entre ambos em 2007.

 

Na sua autobiografia 'Liberdade', Merkel contou que Putin sabia da sua fobia e, ainda assim, soltou o animal como forma de "enviar sinais" ao mundo.

"Desde a primeira vez que o conheci como chanceler, em janeiro de 2006, ele sabia que tinha medo de cães, porque no início de 1995 em Uckermark fui mordida por um", recordou, acrescentando que os seus diplomatas já tinham transmitido à equipa do presidente russo o seu desejo de não ter cães durante as reuniões entre ambos.

"Em 2006, em Moscovo, respeitou o nosso pedido, embora não se tenha privado de uma pequena maldade: na verdade, trouxe-me um presente especial, um grande cão de peluche, e quando mo deu, garantiu que não mordia", relatou.

No entanto, as coisas mudaram um ano depois, em 2007, quando Merkel conheceu "em carne e osso" a cadela Labrador Retriever do presidente russo, durante uma reunião na sua residência em Sochi.

Questionado sobre o incidente, Putin disse que não sabia da fobia de Angela Merkel e que, posteriormente, lhe pediu desculpa pelo incidente.

"Francamente, já disse a Merkel, não sabia que ela tinha medo de cães. Se soubesse, nunca o teria feito. Pelo contrário, queria criar um ambiente descontraído e agradável", disse numa conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters.

"Apelo novamente a ela e digo-lhe: Angela, por favor, perdoe-me. Não queria causar-lhe nenhum sofrimento", acrescentou.

Merkel recorda como

Merkel recorda como "sinais" dia em que Putin soltou cadela numa reunião

A antiga chanceler alemã contou que os seus diplomatas já tinham transmitido à equipa do presidente russo o seu desejo de não ter cães durante as reuniões entre ambos. A sua autobiografia 'Liberdade', que será publicada na próxima terça-feira.

Lusa | 15:54 - 23/11/2024

No seu livro, Merkel sustentou que esta ação foi uma tentativa do líder do Kremlin de "enviar sinais" ao mundo: "Putin mostrou ao público, a outro nível, como pretendia enviar sinais, se necessário com a ajuda da sua labrador preta, Koni, que frequentemente tinha ao seu lado quando recebia convidados estrangeiros", lembrou.

"Só queria ver como reage uma pessoa em apuros? Foi uma pequena demonstração de poder? Só pensei em não perder a calma, focar-me nos fotógrafos, vai passar. Quando terminei a reunião, não discuti o assunto com Putin e limitei-me, como faço frequentemente, à regra da aristocracia inglesa: 'Nunca explique, nunca reclame'", escreveu a política alemã nas suas memórias.

Pode ver, na galeria acima, imagens do encontro entre Vladimir Putin e Angela Merkel em 2007.

Leia Também: Decisões de Merkel visaram "evitar" invasão russa da Ucrânia

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