Rússia reivindica morte de 50 especialistas estrangeiros em ataques

A Rússia revelou hoje que realizou ao longo da semana ataques precisos contra instalações militares das Forças Armadas ucranianas e que, além de destruir armamento, eliminou cerca de meia centena de "especialistas" estrangeiros, na sua maioria franceses e norte-americanos.

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Lusa
28/11/2024 23:36 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Ucrânia

O Ministério da Defesa russo referiu, através do seu canal oficial na rede social Telegram, que cerca de 40 destes "especialistas estrangeiros" morreram vítimas de um ataque com mísseis realizado na segunda-feira contra um quartel em Kharkiv, no leste.

 

As autoridades russas acrescentaram que o Exército realizou outro ataque com mísseis contra um ponto de implantação das Forças de Operações Especiais Ucranianas na cidade de Odessa.

Mais de 70 membros do destacamento encarregado das operações marítimas com drones morreram nesse ataque, incluindo nove instrutores franceses, apontou a mesma fonte.

Juntamente com estes ataques, Moscovo também reportou outras ofensivas na região de Sumy, onde eliminou os lançadores de mísseis ATACMS dos EUA e também em Odessa, onde atacou dois outros sistemas de mísseis balísticos Grom-2, bem como posições de implementação de militares.

O Ministério da Defesa russo confirmou que na quinta-feira realizou um "ataque combinado" contra as instalações do complexo militar-industrial ucraniano e também contra a sua infraestrutura energética que permite o seu funcionamento.

Moscovo detalhou que nos últimos dias utilizou até uma centena de tipos diferentes e quase meio milhar de veículos aéreos não tripulados.

"As Forças Armadas da Federação Russa continuarão a monitorizar constantemente os aeródromos e as áreas de implantação, as rotas e o movimento dos meios que utilizam armas ocidentais de longo alcance e dispararão contra eles", enfatizou a Defesa Russa.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Reunião da OPEP+ prevista para domingo foi adiada para 5 de dezembro

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