"Até agora, a situação estabilizou, mas o Exército russo mantém a capacidade de realizar novas tentativas", frisou Andri Kovalenko, chefe do centro de luta contra a desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.
"Os russos testaram-nos sem sucesso durante a batalha: perderam equipamento e pessoas", vincou Kovalenko, numa mensagem na sua conta na rede social Telegram.
Quanto às tropas norte-coreanas, Kovalenko explicou que embora não tenham participado neste último ataque do exército russo, "mantêm-se em posição".
Nos últimos dias, Washington e Seul têm afirmado que militares norte-coreanos já participaram em algumas operações com as Forças Armadas russas.
A Ucrânia também confirmou combates de "pequena escala". Estima-se que cerca de 10 mil soldados do país asiático tenham sido enviados para território russo, no âmbito do acordo de segurança entre Moscovo e Pyongyang.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
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