"É inconcebível e incompreensível que tenha passado quase um ano desde o último acordo de libertação dos reféns", disse o fórum em declarações citadas pelo jornal The Jerusalem Post.
O vídeo foi divulgado pela Jihad Islâmica, um grupo palestiniano aliado do grupo extremista Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Na gravação, o refém de origem russa Sasha Troufanov apela aos israelitas para que intensifiquem as manifestações para pressionar o Governo a libertar os que ainda estão em cativeiro em Gaza.
Troufanov diz que ele e os outros reféns estão a ficar sem comida e sem produtos de higiene básicos.
"O horrível vídeo de Sasha Troufanov a partir do cativeiro realça a urgência da devolução dos 101 reféns", disse o fórum das famílias.
"Os reféns não têm mais tempo. Um acordo para a sua libertação é a única maneira de os trazer de volta para nós: os vivos para reabilitação e os que foram assassinados para um enterro adequado", acrescentou.
No ataque de 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, o Hamas causou cerca de 1.200 mortos e raptou 251 pessoas que levou como reféns para a Faixa de Gaza, segundo as autoridades israelitas.
O Hamas libertou 105 pessoas durante uma trégua de uma semana no final de novembro do ano passado, o exército israelita resgatou oito com vida e recuperou os corpos de 37.
Entre os que ainda não regressaram a Israel estão pelo menos os corpos de 34 reféns, segundo as autoridades israelitas.
A Jihad Islâmica já tinha divulgado dois vídeos de Troufanov em maio.
O jovem foi raptado juntamente com os pais, a avó e o seu companheiro.
O pai foi assassinado e a mãe, a avó e o companheiro foram libertados num acordo de reféns em 2023, segundo o Jerusalem Post.
"Estou aliviada por ver o meu filho vivo, mas estou muito preocupada por ouvir o que ele está a dizer", disse a mãe de Troufanov após a publicação do vídeo.
"Exorto a que sejam feitos todos os esforços para garantir a sua libertação imediata e a de todos os outros reféns. Eles não têm mais tempo", acrescentou, citada pelo Jerusalem Post.
Israel respondeu ao ataque do Hamas com uma ofensiva em grande escala contra a Faixa de Gaza, que causou mais de 43.700 mortos, segundo o balanço mais recente das autoridades do enclave palestiniano.
O conflito alargou-se também ao sul do Líbano, de onde o grupo Hezbollah pró-iranino tem atacado Israel para apoiar o Hamas.
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