O também ex-ministro da Defesa russo sublinhou a necessidade de os dois países "contrariarem a política de 'dupla contenção' prosseguida contra a Rússia e a China pelos Estados Unidos e os seus países - satélite".
"A parceria global [sino-russa] e a cooperação estratégica representam um modelo de colaboração entre duas potências no mundo atual", afirmou Shoigu, citado pelas agências noticiosas russas.
Os dois homens encontraram-se em Pequim para abordar questões de segurança, num contexto de guerra na Ucrânia e da aproximação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, depois de Pyongyang ter anunciado hoje que ratificou um acordo bilateral histórico de Defesa com a Rússia.
Em outubro, o ministro chinês da Defesa, Dong Jun, disse ao seu homólogo russo, Andrei Belooussov, que os dois exércitos deveriam "aprofundar a sua cooperação estratégica", mas não relacionou as suas observações com a guerra na Ucrânia, na qual a China não tem intenção de participar.
A China, que nunca condenou o Kremlin pela invasão e cujos fortes laços económicos e militares com a Rússia são vistos com desconfiança pelo Ocidente, apresenta-se como um mediador no conflito.
Pequim apela regularmente a conversações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia.
No entanto, a NATO denunciou o apoio económico da China à Rússia, que considera crucial para a máquina de guerra russa.
Em resposta, a China instou a aliança atlântica a deixar de "incitar ao confronto" entre blocos. Pequim também critica regularmente o Ocidente por "deitar lenha na fogueira" ao fornecer continuamente armas à Ucrânia.
Pequim e Moscovo intensificaram, no entanto, a sua cooperação militar e de segurança desde o lançamento do ataque russo à Ucrânia, em fevereiro de 2022. O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, declararam antes da guerra uma amizade "sem limites".
Após a sua estadia em Pequim, Sergei Shoigu deverá também participar esta semana no Salão Aéreo de Zhuhai, no sul da China, o maior do género no país asiático, onde o caça furtivo de "quinta geração" mais avançado da Rússia, o Su-57, fez hoje um voo de apresentação.
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