Jovem de 19 anos morto em Nápoles por causa de uns ténis sujos

Imagens do funeral do jovem representam também um grito de protesto pelo fim da violência entre jovens.

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© Getty Images/ Ivan Romano

Notícias ao Minuto
11/11/2024 09:44 ‧ há 4 semanas por Notícias ao Minuto

Mundo

Nápoles

Um jovem de 18 anos morreu este sábado depois de ter sido baleado, em Nápoles, Itália. Este é o mais recente caso de uma onda de violência entre adolescentes na cidade que está a preocupar o país.

 

Arcangelo Correra, que não tinha antecedentes criminais, morreu depois de ter dado entrada em estado muito grave num hospital da cidade.

A vítima foi baleada na cabeça, numa rua do centro histórico de Nápoles. Arcangelo era primo de Luigi Caiafa, de 17 anos, morto pela polícia em outubro, durante um assalto. 

No final do mesmo mês, um jovem de 20 anos foi alvejado na cabeça enquanto seguia de carro, mas sobreviveu.

Dias depois, deu-se aquele que é, até ao momento, um dos casos mais mediáticos, devido ao motivo que está na origem do crime. Santo Romano, de 19 anos, foi assassinado por um jovem de 17, durante um desacato entre grupos, causado, supostamente, porque um dos intervenientes foi pisado e ficou com os ténis de marca sujos.

Seguiu-se a morte de um rapaz de 15 anos, morto a tiro por dois jovens de 14 e 17 anos. 

"A cidade está fora de controlo. Dezenas e dezenas de jovens perderam a vida nas ruas da cidade nos últimos anos: vidas destroçadas pelas guerras da Camorra [máfia italiana], violência urbana, marginalidade, por contextos que precisam de ser libertados da injustiça, do abuso e da opressão", afirmam várias associações.

O funeral de Santo Romano, que decorreu a 6 de novembro, juntou família, amigos e moradores locais, num ato que visa alertar para a crescente violência entre jovens nesta cidade no sul de Itália. 

Os amigos ergueram a camisola de futebol que pertencia à vítima e soltaram balões brancos em memória do jovem que a imprensa diz que não era um dos visados diretos da discussão que ditou a sua morte, e que intervira apenas para tentar acalmar os ânimos. 

Leia Também: Papa elogia dadores de sangue "num mundo contaminado pelo individualismo"

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