"É uma excelente notícia para todos os portugueses que trabalham nas instituições europeias, significa o apreço e o reconhecimento pelo seu valor. É um motivo de orgulho e um motivo de incentivo", afirmou o governante, em declarações à agência Lusa.
Paulo Rangel recordou a trajetória da portuguesa na União Europeia, que foi sua aluna e com quem se foi cruzando ao longo dos seus 15 anos como eurodeputado, aproveitando para destacar de Paula Pinho as "qualidades intelectuais, profissionais, que são verdadeiramente excecionais", pelo que não surpreende uma trajetória "tão consistente e bem-sucedida nas instituições europeias".
"Nos últimos 10 anos esteve sempre muito ligada às questões da Energia, era agora diretora na direção-geral de Energia, trabalhou com vários comissários. Conhece muito bem as questões do Mercosul, as questões da Ucrânia, da transição energética, as ideias da transição justa(...) Tem um currículo vastíssimo", resumiu.
Ser a porta-voz num órgão comunitário é "um posto muito relevante" que "não tem um interesse nacionalizado", mas inclui "reflexos laterais, por uma lado, de projeção do país e de compreensão dos problemas do país", considerou ainda o chefe da diplomacia.
"Diria que são efeitos colaterais, mas que são amplamente positivos para Portugal", concluiu.
Fonte comunitária tinha anunciado à Lusa que a escolha da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para liderar o serviço de porta-vozes do executivo comunitário.
Paula Pinho é atualmente diretora para a Transição Justa, Consumidores, Eficiência e Inovação na direção-geral (DG) da Energia e começou a trabalhar na Comissão Europeia em 2000.
A futura porta-voz principal da nova comissão Von der Leyen fez partes do gabinete de vários comissários e trabalhou também na na DG Comércio e na DG Mercado Interno.
Antes de Paula Pinho, Johannes Laitenberger, de nacionalidade alemã, mas que viveu em Portugal e é fluente em português, chefiou o serviço de porta-vozes no primeiro mandato de José Manuel Durão Barroso (2004-2009).
O português João Vale de Almeida foi o número dois do serviço entre 1985 e 1987, quando o executivo comunitário foi liderado por Jacques Santer.
Leia Também: Rangel anuncia reforço de pessoal em postos consulares prioritários