Austin assegurou ainda que as Forças Armadas estão "comprometidas com uma transição de poder calma, ordeira e profissional" entre o atual Governo do Presidente Joe Biden e o republicano Donald Trump, que regressa em janeiro para um segundo mandato na Casa Branca, após vencer as eleições presidenciais de terça-feira.
Num memorando dirigido às tropas norte-americanas, Austin sublinhou que, "como sempre fez, o Exército norte-americano estará pronto para cumprir as ordens do seu próprio comandante-chefe e seguir todas as ordens legais da cadeia de comando".
As palavras de Austin surgem depois de o próprio Trump ter dito que estava aberto à possibilidade de utilizar tropas do Exército dos EUA que estão no ativo para fazer cumprir a lei e realizar "deportações em massa", o que gerou comentários no Departamento de Estado sobre a possibilidade de o futuro Presidente poder emitir ordens contrárias à lei.
No entanto, Austin sublinhou que os militares norte-americanos "ficarão de fora" das questões políticas e agirão dentro da lei, mesmo que o futuro Presidente invoque a Lei da Insurreição para executar as suas medidas.
Esta legislação é uma exceção às leis que geralmente proíbem o envio de militares em operações de segurança pública nos Estados Unidos.
Austin garantiu ainda que os militares "continuarão a apoiar e a defender a Constituição" dos Estados Unidos.
"Vocês não são um Exército qualquer. (...) Vocês são o Exército dos Estados Unidos, a melhor força de combate à face da Terra, e continuarão a defender o nosso país, a nossa Constituição e os direitos de todos os nossos cidadãos", sublinhou o secretário de Defesa, no memorando dirigido aos soldados norte-americanos.
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