Retiradas 230 pessoas de Gaza por razões médicas

O organismo militar israelita responsável pela gestão dos assuntos civis em Gaza (Cogat) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciaram hoje a retirada de cerca de 230 doentes e seus familiares do enclave palestiniano.

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Lusa
06/11/2024 22:01 ‧ há 5 semanas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os doentes saíram de Gaza de autocarro através do posto de passagem de Kerem Shalom, no sudeste do território, e foram transportados para os Emirados Árabes Unidos e Roménia desde o aeroporto de Ramon, perto do mar Vermelho, explicou o Cogat, uma organização dependente do Ministério da Defesa israelita.

 

Esta transferência decorreu em cooperação com os Emirados, a União Europeia (UE) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), acrescentou a organização, em comunicado.

Segundo o Cogat, este é o maior número de doentes e dos seus familiares, incluindo crianças, que foram autorizados a utilizar o posto de passagem de Kerem Shalom "nos últimos meses".

A OMS indicou que 84 doentes seriam retirados para os Emirados e seis para a Roménia, estimando, no entanto, entre 12.000 e 14.000 o número de doentes que necessitam de ser transportados para fora do enclave.

Antes do encerramento do ponto de passagem de Rafah pelos israelitas, em 06 de maio de 2024, quase 4.700 doentes puderam ser retirados de Gaza, com a ajuda em particular da OMS, indicou na terça-feira o médico Rik Peeperkorn, chefe da agência da ONU nos Territórios palestinianos.

"Mas desde então, apenas 282 doentes foram retirados de Gaza", e a grande maioria destes foi para os Emirados Árabes Unidos, acrescentou.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada em 07 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes executado pelo Hamas contra Israel, que resultou na morte de 1.206 pessoas, sobretudo civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em dados oficiais israelitas, incluindo reféns mortos ou mortos em cativeiro.

A ofensiva de retaliação de Israel em Gaza fez 43.391 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados fiáveis pela ONU. Pelo menos 102.347 pessoas ficaram também feridas, segundo a mesma fonte.

Leia Também: Erdogan confia que vitória de Trump travará guerra na Ucrânia e Gaza

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