"Mete nojo" ou "vitória necessária"? As reações às eleições cá e lá fora

Eis as primeiras reações às projeções que dão conta da vitória de Donald Trump.

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Notícias ao Minuto
06/11/2024 08:47 ‧ há 5 semanas por Notícias ao Minuto

Mundo

Estados Unidos

A contagem de votos ainda não terminou, mas tudo indica que Donald Trump regressará à Casa Branca enquanto 47.º presidente dos Estados Unidos, depois de ter ocupado o cargo de 45.º chefe de Estado. Tanto em Portugal, como lá fora, as reações começam a chegar.

 

O presidente israelita, Benjamin Netanyahu, felicitou Donald e Melania Trump pelo "melhor regresso da história", que considerou ser "uma grande vitória".

"O vosso regresso histórico à Casa Branca representa um novo começo para a América e um forte compromisso com a grande aliança entre Israel e a América", escreveu, na rede social X (Twitter).

Já o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, também felicitou Donald Trump, indicando que o regresso do magnata à Casa Branca é "uma vitória muito necessária para o mundo".

"O maior regresso da história política dos EUA! Parabéns ao presidente Donald Trump pela sua enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o mundo!", disse, na mesma rede social.

Por seu turno, o presidente francês, Emmanuel Macron, assegurou estar pronto para "trabalhar" com Donald Trump nos próximos quatro anos, "com respeito e ambição"

"Parabéns, presidente Donald Trump. Pronto para trabalharmos juntos como fizemos durante quatro anos. Com as suas convicções e as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade", escreveu, na rede social X.

O antigo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também já se pronunciou, tendo considerado que estamos a testemunhar “o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro”.

“Um homem que, mesmo após enfrentar um processo eleitoral brutal em 2020 e uma injustificável perseguição judicial, ergueu-se novamente, como poucos na história foram capazes de fazer. Contra tudo e contra todos, Donald Trump voltará à Presidência da República dos Estados Unidos da América para completar sua missão: restaurar a grandeza de sua nação, proteger os interesses de seu povo e trabalhar por um mundo mais livre e com mais paz e tranquilidade”, escreveu, na rede social X.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu contar “com a continuação de um forte apoio bipartidário à Ucrânia nos Estados Unidos”, tendo indicado aguardar “com expetativa a oportunidade de felicitar pessoalmente o presidente Trump e de debater formas de reforçar a parceria estratégica da Ucrânia com os Estados Unidos”.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, partilhou um sentimento semelhante, ao mesmo tempo que apontou saber que “ a relação especial entre o Reino Unido e os Estados Unidos continuará a prosperar em ambos os lados do Atlântico”.

“Parabéns, presidente eleito Trump, pela sua histórica vitória eleitoral. Aguardo com expetativa a oportunidade de trabalhar consigo nos próximos anos. Como aliados mais próximos, estamos lado a lado na defesa dos nossos valores comuns de liberdade, democracia e empreendedorismo. Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os Estados Unidos continuará a prosperar em ambos os lados do Atlântico nos próximos anos”, afirmou.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, endereçou as suas "mais sinceras felicitações ao presidente eleito dos Estados Unidos".

"A Itália e os Estados Unidos são nações 'irmãs', ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica. Trata-se de um laço estratégico que, estou certa, iremos agora reforçar ainda mais. Bom trabalho, presidente", escreveu, na rede social X.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, disse também já ter congratulado Donald Trump pela vitória projetada, tendo considerado que "a sua liderança será novamente fundamental para manter a nossa Aliança forte".

"Acabo de felicitar Donald Trump pela sua eleição como presidente dos Estados Unidos. A sua liderança será novamente fundamental para manter a nossa Aliança forte. Aguardo com expetativa a oportunidade de voltar a trabalhar com ele para promover a paz através da força da NATO", escreveu, na rede social X.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, felicitou "calorosamente Donald J. Trump", ao mesmo tempo que salientou que "a UE e os Estados Unidos são mais do que simples aliados".

"Estamos ligados por uma verdadeira parceria entre os nossos povos, que une 800 milhões de cidadãos. Por isso, vamos trabalhar em conjunto numa agenda transatlântica forte que continue a dar resultados para eles", disse.

E em Portugal?

Em Portugal, a socialista Ana Gomes foi das primeiras personalidades a reagir, tendo considerado que a vitória projetada de Trump “mete nojo” e “assusta”.

“Mete nojo. Assusta. Mas é mais que tempo da União Europeia acordar, reagir, defender-se defendendo a Ucrânia e ser consequente nas políticas com princípios e valores humanistas. Acolher, fazer a diferença e ser farol de esperança, justiça e igualdade. Importa mais do que nunca”, salientou.

Também a deputada do Partido Socialista (PS) Isabel Moreira disse, na rede social X, que “há muita gente que vai sofrer na pele a vitória do ódio”.

“A única coisa que temos de fazer é lutar. Sempre. Como democratas”, escreveu.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou, na antena da TSF, que "respeitamos e saudamos as decisões do povo americano". Garantiu ainda que "as relações com os Estados Unidos são as melhores em vários domínios e queremos continuar com essa parceria".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, mostrou-se "empenhado" para desenrolar uma "em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos" com Trump, que congratulou.

"Parabéns, presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral", escreveu.

Já o presidente do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, felicitou Trump pela vitória "contra os interesses do sistema instalado"

"Grande vitória de Donald Trump nos EUA. Contra os interesses do sistema instalado, contra os meios de comunicação social tradicionais, contra o globalismo woke. A América mudou hoje e virou à direita. A Europa tem de fazer o mesmo!", disse.

O comentador Daniel Oliveira, por seu turno, declarou que “acabou”. “Trump venceu”, disse.

[Notícia atualizada às 09h02]

Leia Também: "Respeitamos e saudamos as decisões do povo americano", diz Paulo Rangel

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