"O inimigo israelita opôs-se a todas as soluções propostas e continuou a cometer crimes de guerra em diferentes zonas do Líbano", condenou Mikati num comunicado, no qual "saudou todas as posições que apelam para um cessar-fogo".
Sustentou também que "o exagero do inimigo israelita na sua agressão ao Líbano e os crimes de assassínio e destruição que perpetra são o resultado do silêncio da comunidade internacional perante o que está a acontecer".
Pediu, por isso, aos países "que têm como bandeira a humanidade e os direitos humanos" que exerçam "a maior pressão sobre Israel, para que cesse os seus ataques", numa alusão velada ao Ocidente e, em particular, aos Estados Unidos, aliados tradicionais de Israel, que lhe reiteraram o seu apoio "inabalável" desde o início da guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, a 07 de outubro de 2023.
Por outro lado, Mikati instou igualmente a que se procurem fórmulas para "garantir a aplicação" da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006, e exortou à sua aplicação "literal, como foi ratificada, sem aditamentos ou interpretações extensivas".
A partir da fronteira com o Líbano, de onde Israel iniciou a 01 de outubro uma ofensiva terrestre do país vizinho, violando essa resolução, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sublinhou no domingo a importância de o seu país poder "fazer cumprir" qualquer eventual acordo de cessar-fogo com o Hezbollah.
Numa mensagem de vídeo, Netanyahu afirmou que a "chave" para o restabelecimento da paz, com ou sem acordo, é afastar o Hezbollah para norte do rio Litani, impedir as suas tentativas de rearmamento e "responder com firmeza" a qualquer tentativa do grupo de atacar Israel.
No último ano, cerca de 3.000 pessoas morreram em ataques israelitas ao Líbano, ao passo que mais de 1,2 milhões de pessoas se viram obrigadas a abandonar as suas casas para fugir à violência.
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