Abdulrahman Shadid, membro do braço político do Hamas, declarou que os "ataques terroristas" dos colonos israelitas representam uma escalada perigosa que exige "um confronto crescente contra estes crimes" através de "todos os meios" para "impedir a invasão" da Palestina.
Shadid defendeu a necessidade de utilizar "todos os métodos de resistência" para que os israelitas "paguem um preço pelos seus crimes até saírem dos territórios palestinianos", sublinhado ainda que estes ataques dos colonos "são uma continuação da guerra genocida" lançada por Israel na Faixa de Gaza.
"O aumento das violações por parte dos colonos, com a proteção das forças ocupantes, só aumentará o apego do nosso povo às suas terras e aos seus direitos, assim como a sua insistência no confronto, na resistência e na defesa da opção de resistência" afirmou Shadid, segundo o jornal Filastin, ligado ao Hamas.
Os ataques, realizados na cidade de Burqa, foram também condenados por Nabil Abu Rudeina, porta-voz do Presidente palestiniano, Mahmmoud Abbas, afirmando que estes acontecimentos são "o resultado da contínua guerra de extermínio lançada pelo exército do Estado ocupante contra o povo palestiniano".
Por sua vez, o serviço de emergência israelita Magen David Adom [Estrela de David Vermelha] indicou que dois colonos tiveram ferimentos leves durante os incidentes, nomeadamente quando um grupo de colonos ateou fogo a um olival, ao qual vários palestinianos responderam atirando pedras.
Neste sentido, a organização indicou na rede social Telegram que os feridos têm cerca de 20 anos e acrescentou que foram assistidos no local.
"Eles estão plenamente conscientes", afirmou o serviço de emergência, sem informar as suas identidades. Segundo o jornal 'Haaretz', são residentes no colonato de Oz Tzion.
As autoridades palestinianas reportaram a morte de mais de 750 palestinianos às mãos das forças de segurança e dos colonos em operações e ataques realizados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde 07 de outubro de 2023, data dos ataques realizado pelo Hamas e outros grupos palestinianos no território israelita, que fez mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.
O exército israelita respondeu aos ataques desencadeando uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que já fez mais de 43.300 mortos, segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, ao mesmo tempo que aumentou as suas operações militares na Cisjordânia, incluindo a utilização de 'drones' para bombardear pontos distintos do território palestiniano.
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