EUA vão anunciar nova ajuda militar nos "próximos dias" à Ucrânia

O secretário da Defesa norte-americano indicou hoje que os Estados Unidos anunciarão em breve uma nova ajuda militar a Kiev, após alertar que milhares de tropas norte-coreanas foram enviadas para a região russa de Kursk, próxima da Ucrânia.

Lloyd Austin e Jens Stoltenberg

© JULIA NIKHINSON/AFP via Getty Images

Lusa
31/10/2024 19:44 ‧ 31/10/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Os Estados Unidos anunciarão nos próximos dias mais ajuda à Ucrânia em matéria de segurança", afirmou Lloyd Austin numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Estado, Antony Blinken, e os respetivos homólogos sul-coreanos.

 

Cerca de 8.000 soldados norte-coreanos foram estacionados na região fronteiriça russa de Kursk e estão prontos para combater as forças ucranianas "nos próximos dias", afirmou hoje Blinken.

De acordo com o chefe da diplomacia norte-americana, dos 10.000 soldados norte-coreanos que os Estados Unidos acreditam terem entrado na Rússia, cerca de 8.000 "foram destacados na região de Kursk", na fronteira com a Ucrânia.

"Ainda não vimos estas tropas em combate contra as forças ucranianas, mas calculamos que isso acontecerá nos próximos dias", acrescentou Blinken, na conferência de imprensa conjunta após as conversações entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

A Rússia treinou as tropas norte-coreanas "em artilharia, 'drones' (aeronaves não-tripuladas), operações básicas de infantaria, incluindo limpeza de trincheiras, o que indica que tencionam mesmo utilizar estas forças em operações na linha da frente", acrescentou.

"Se estas tropas se envolverem em operações de combate ou de apoio ao combate contra a Ucrânia, tornar-se-ão alvos militares legítimos", sublinhou Blinken.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

A entrar no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Ucrânia apoia "em todas as circunstâncias" adesão da Geórgia à UE e NATO

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas