Na conferência a decorrer no sul de Israel, zona próxima da Faixa de Gaza, participam também vários ministros do Governo de coligação (formado com parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita) liderado por Benjamin Netanyahu, o executivo mais à direita da história de Israel.
Um pequeno grupo de ativistas chegou ao fim do dia de domingo à zona para montar tendas temporárias para passar a noite, enquanto centenas de membros de grupos de colonos e de partidos políticos de extrema-direita chegaram hoje ao local.
De acordo com o jornal The Times of Israel, a conferência incluirá cursos sobre como construir colonatos sem autorização das autoridades, enquanto se realizarão também concertos no local, situado em frente ao corredor de Netzarim, que divide a Faixa de Gaza ao meio e que é usado pelos militares israelitas para controlar o movimento da população palestiniana entre o norte e o sul do enclave.
Tanto o Likud, força política de Netanyahu, como outros partidos, como o Sionismo Religioso e o Otzma Yehudit, montaram expositores na zona para dar as boas-vindas aos participantes no encontro, que deverá contar com a presença de vários ministros, entre os quais o chefe da pasta das Finanças, Bezalel Smotrich (extrema-direita).
A ativista de extrema-direita Daniela Weiss, membro do movimento Nachala, que organizou o evento, disse ao 'site' Zman Israel que o primeiro colonato em Gaza será construído até ao final deste ano, com o objetivo de instalar cerca de 40 famílias israelitas no enclave.
Vários setores em Israel há muito que defendem a construção de colonatos em Gaza, apelos que se intensificaram desde o início da ofensiva no enclave.
As autoridades israelitas desmantelaram todos os colonatos e retiraram os colonos e as forças de segurança em 2005, no âmbito do Plano de Retirada.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 42 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Mais de 750 palestinianos foram igualmente mortos pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde essa data.
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