"Hoje cedo, uma escavadora das Forças de Defesa de Israel demoliu deliberadamente uma torre de observação e a vedação perimetral de uma posição da ONU [Organização das Nações Unidas] em Marwahin", refere a FINUL num comunicado citado pela agência EFE.
A FINUL alega que o exército israelita lhe exigiu "repetidamente que desocupasse as suas posições ao longo da Linha Azul [demarcação de fronteira entre o Líbano e Israel estabelecida pelas Nações Unidas em 2000] e destruiu de forma deliberada posições da ONU".
"Apesar da pressão exercida sobre a missão e os nossos países que contribuem com tropas, as forças de manutenção da paz permanecem em todas as posições. Continuaremos a levar a cabo as tarefas de supervisão e informação que nos foram confiadas", acrescentou.
A FINUL lembrou a "todos os atores" do conflito, sem mencionar diretamente Israel, que têm a obrigação de "garantir a segurança do pessoal e dos bens da ONU e de respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU em todos os momentos".
Não proteger as instalações, bem como colocar em perigo a segurança das forças de manutenção da paz, representa uma "violação flagrante do direito internacional" e do "direito humanitário internacional", além da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, recordou.
Na quarta-feira, o exército de Israel abriu "fogo direto e aparentemente deliberado" contra as posições da missão perto de Kafer Quela, onde um tanque israelita disparou contra uma torre de observação, destruindo as câmaras de vigilância.
Quase 2.500 pessoas morreram e 11.530 ficaram feridas no Líbano desde o início do conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, em outubro de 2023, de acordo com o Ministério da Saúde Pública libanês.
Os bombardeamentos israelitas estão concentrados no leste e sul do Líbano, bem como nos subúrbios ao sul de Beirute, a capital.
Desde o início da campanha israelita e da invasão terrestre do sul do Líbano, cerca de 1,2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, segundo dados do Governo libanês.
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