O padre Marcelo, de etnia Tzotzil, também era conhecido pelas constantes denúncias de violência ligada ao tráfico de droga, que se intensificou naquele estado devido às rivalidades entre os dois maiores cartéis.
Segundo testemunhas, o padre estava no seu carro quando foi abordado por homens fortemente armados, que dispararam contra a janela do lado do condutor, no bairro oriental da cidade turística de San Cristóbal de las Casas.
O padre Marcelo estava a sair da paróquia de Cuxtitali, depois de ter celebrado a missa, e ia a caminho da igreja de Guadalupe, quando dois homens que se deslocavam numa mota dispararam contra ele à queima-roupa.
Os vizinhos pediram ajuda às forças de segurança, mas já não foi possível socorrer o padre.
Em resposta a este incidente, a Procuradoria-Geral do Estado (FGE), através da Procuradoria para os Assuntos Especiais e da Circunscrição das Terras Altas, informou que deu início a investigações para encontrar os responsáveis pelo crime.
Até ao momento, a Igreja Católica mexicana não emitiu qualquer declaração.
O México é o segundo país da América Latina com mais defensores dos direitos humanos assassinados em 2023, com 30 casos, seguido pela Colômbia, com 142, segundo a organização Front Line Defenders.
No governo anterior, do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, houve pelo menos 92 assassinatos de defensores dos direitos humanos em todo o país, de acordo com o último relatório da Rede Nacional de Organizações Civis de Direitos Humanos Red TDT, publicado em maio.
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